sábado, 15 de janeiro de 2011

Região Serrana do RJ - Imagens comoventes

15-Jan-2011
Fonte: A Cãopanheira

O Brasil comoveu-se com as imagens da Sra. Ilair, da região serrana do Rio Janeiro, São Pedro do Vale do Rio Preto, chocados, impotentes, assistimos a Sra. Ilair salvar-se e tentar salvar a vida de mais 3 cãopanheiros, um no colo, infelizmente não foi possível! ... assistimos, também, outras imagens de cães mais sortudos?, vagando nas ruas. E a cenas se repetem, repetem, repetem...

Depoimento Dona Ilair - Jornal Hoje [14-01-10]

Os animais também são vítimas das catástrofes e nestes casos é comum vê-los soltos nas ruas, principalmente os cães que, ficam vagando, assustados, procurando por seus donos. Nós podemos ajudar entrando em contato com as ONGS, veterinários, protetores ou grupos de proteção animal da região para comunicar o fato.

Mas antes, na medida do possível, dê abrigo à esses animais e trate-os; principalmente hidratando, alimentando e limpando-os.

E, não esqueça, se for enviar donativos envie também ração para os cãopanheiros e peludos de quatro patas.


Visite o Site A Cãopanheira: http://sites.google.com/site/acaopanheira/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Grã-Bretanha: Cão ganha prótese inovadora e volta a andar normalmente

14-Jan-2011

Pastor alemão teve de ter uma das patas amputadas após ser pisoteado por cavalo na Grã-Bretanha

por Redação Galileu

Um pastor alemão chamado Mitzi se tornou o primeiro cão do mundo usar uma prótese inovadora que o permitiu voltar a andar normalmente. O animal, que tem três anos, teve a pata traseira amputada após ser pisoteado por um cavalo.

Cachorro ganhou prótese após ter a pata traseira amputada

Agora, depois da cirurgia que implantou a pata de titânio, Mitzi pode voltar normalmente. A prótese é a primeira no mundo a ser inserida dentro de um osso saudável e com mobilidade e permite que Mitzi caminhe sem mancar.

Segundo reportagem do Daily Mail, a cirurgia pioneira realizada pelo veterinário Noel Fitzpatrick consistiu na inserção de uma haste de titânio no osso da pata de Mitzi, deixando um espaço para que a prótese fosse anexada. A prótese, também de titânio, simula uma pata normal de cachorro e permite que o cão caminhe e corra novamente.

Esta tecnologia, conhecida como Prótese de Amputação Transcutânea Intraóssea (ITAP, em inglês), também é usada em humanos e permite que a pele se integre com o implante, criando uma barreira a infecções. Este tipo de prótese já foi usado para criar um braço em uma vítima dos atentados contra o metrô de Londres em 2005.



Raio x mostra estrutura da prótese de Mitzi

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI202456-17770,00-CAO+GANHA+PROTESE+INOVADORA+E+VOLTA+A+ANDAR+NORMALMENTE.html

50 mil animais recebem auxílio no Haiti

Noticias - ANIMAIS - MUNDO
14-Jan-2011

Um ano após o devastador terremoto que atingiu o Haiti, a WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal faz um balanço de todos os esforços empreendidos na prestação de socorro aos animais do país e na reconstrução de toda a sua infraestrutura veterinária, objetivando capacitar o povo haitiano a dar proteção adequada aos animais dos quais dependem.

Logo após a ocorrência do terremoto, a WSPA e o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW - International Fund for Animal Welfare) se juntaram para formar a Coalizão para Ajuda aos Animais do Haiti (ARCH - Animal Relief Coalition for Haiti), um esforço conjugado visando a uma coordenação mais integrada dos vários grupos dedicados ao bem-estar animal (veja abaixo a relação de todas as organizações que integraram a coalizão).

Agindo de forma conjunta, estes grupos trabalharam junto com o governo haitiano, as Nações Unidas e outras agências internacionais para resolver os problemas mais emergentes relacionados aos animais do país. Ao criar uma comissão majoritariamente composta por haitianos, a Coalizão para Ajuda aos Animais do Haiti fundou um marco histórico, contribuindo bastante para a determinação das metas da Coalizão e possibilitando uma integração imediata com as autoridades haitianas.

Gerardo Huertas, Diretor Operacional da WSPA para Desastres nas Américas, analisa os esforços da ARCH: “Na Coalizão para Ajuda aos Animais do Haiti, prestamos socorro a mais de 50 mil animais nestes últimos 12 meses, ajudando as pessoas a melhor compreenderem a importância do bem-estar animal. Talvez mais importante ainda tenha sido o nosso auxílio na reconstrução da crítica infraestrutura do Haiti. Ajudamos, por exemplo, na restauração do Laboratório Veterinário Nacional, além de termos montado uma clínica veterinária móvel e unidades de refrigeração à base de energia solar, as quais foram essenciais para a estocagem e a distribuição de vacinas nas temperaturas apropriadas, facultando a vacinação de todos os tipos de animais, inclusive aqueles nas regiões mais remotas do país. Além do povo haitiano ter recebido muito bem as nossas operações de socorro, sabemos que, no longo prazo, tais iniciativas farão toda a diferença”.

O trabalho no Haiti tem sido particularmente desafiador, até mesmo para organizações como a WSPA, com mais de quatro décadas de experiência e atuação em áreas assoladas por desastres em todo o planeta.

“Enfrentando os abalos menores e a eclosão de doenças que sucederam ao grande terremoto, além de uma turbulenta situação política colocando diariamente em risco a sua segurança pessoal, os membros da Coalizão, como o restante da população haitiana, ainda vêm deparando com inúmeros outros desafios”, afirma Huertas. “Mas graças ao apoio da administração local e o espírito incansável com que os membros da Coalizão têm executado este trabalho, podemos olhar para trás e constatar que, neste último ano, tivemos algumas conquistas de fato significantes. Num retrospecto, não seria injusto afirmar que esta provavelmente foi a melhor operação pós-desastre que realizamos para socorrer animais, focando-nos em um melhor preparo para calamidades futuras e, desde de o começo de nossos esforços, na redução de riscos”.

Neste último ano, os membros da Coalizão para Ajuda aos Animais do Haiti (ARCH)

- Montaram uma clínica veterinária móvel, possibilitando a veterinários treinados viajar a áreas assoladas pelo terremoto e prestar assistência médica a milhares de cachorros, gatos, cabras, bois, cavalos e outros animais;

- Trataram e vacinaram mais de 50 mil animais, garantindo a recuperação econômica de comunidades que dependiam destes animais para o seu sustento;

- Vacinaram animais contra zoonoses graves, como a raiva e a doença de Newcastle, também indiretamente protegendo as comunidades humanas que convivem com estes animais;

- Trataram animais contra doenças parasitárias, evitando um surto de diarréia, o qual teria potencializado o problema da cólera;

- Lançaram uma campanha de conscientização visando a educar os haitianos quanto à prevenção contra desastres, além de questões ligadas à saúde de seus animais de criação e estimação;

- Ajudaram a reconstruir e reaparelhar o Laboratório Veterinário Nacional;

- Instalaram 12 unidades de refrigeração à base de energia solar, mantendo-as na temperatura ideal para a estocagem de vacinas e para a vacinação animal em todo o país;

- Trabalharam com o Ministério da Agricultura, Recursos Naturais e Desenvolvimento Rural do Haiti para o desenvolvimento de uma estrutura capaz de monitorar e apoiar as iniciativas voltadas a saúde animal. Com o Ministério, esta equipe veterinária tem trabalhado na vigilância epidemiológica sempre que há suspeitas de raiva animal, estando apta a agir rapidamente na eventualidade de qualquer outra emergência;

- Treinaram médicos veterinários na criação de uma força-tarefa voltada à Redução de Riscos com o Apoio da Comunidade, visando a melhor estruturá-la para o futuro.

http://www.aviculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/50-mil-animais-recebem-auxilio-no-haiti,20110114081830_X_289,20081118094012_E_424.aspx

Raposa é flagrada passeando entre os carros na Alemanha

14-Jan-2011

(Foto: Joerg Carstensen/AFP)

HANNY GUIMARÃES

A presença de raposas em centros urbanos é cada vez mais comum em cidades europeias como Berlim e Londres.

Nesta sexta-feira (14/01), um animal da espécie foi flagrado arriscando um passeio entre os carros em pleno Centro movimentado de Berlim, na Alemanha.

De acordo com a RSPCA, uma sociedade britânica de proteção aos animais, as raposas descobriram estes espaços como novo habitat, mas afirmam que ataques dos bichos a humanos são bastante raros.

(Foto: Joerg Carstensen/AFP)

http://colunas.globorural.globo.com/planetabicho/2011/01/14/raposa-e-flagrada-passeando-entre-os-carros-na-alemanha/

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

WSPA coordena auxílio aos animais, vítimas das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro

13-Jan-2011

A WSPA divulga uma campanha de doação e faz um apelo aos que desejam colaborar no auxílio aos animais, atingidos pelas fortes chuvas que castigaram o local.

Com a tragédia que assolou a Região Serrana do Rio (Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis), nos últimos dias, e o estado de calamidade na região, a WSPA divulga uma campanha de doação e faz um apelo aos que desejam colaborar no auxílio aos animais, atingidos pelas fortes chuvas que castigaram o local.

Como posso ajudar?

Há duas formas de prestar ajuda neste momento: em dinheiro ou em forma de produto, doando ração e medicamentos veterinários para os animais.

As doações em dinheiro podem ser feitas por depósito em nome de:

Defensores dos Animais
CNPJ: 04.363.242/0001-09
Banco Bradesco
Agência: 279-8
Conta-poupança: 172813-0

Apenas essa conta é a oficial, coordenada pela WSPA. Todos os recursos serão empregados na prestação de socorro e prevenção de doenças em prol do bem-estar dos animais.

Caso você queira doar alimento (ração para cães e gatos) e medicamentos veterinários, veja abaixo os endereços para entrega na própria região atingida. A WSPA também fez contato com alguns parceiros para apoio à campanha. O Laboratório Merial doará um lote de vacinas para prevenção da Raiva e Leptospirose, as quais serão encaminhadas para uma clínica veterinária parceira na região de Itaipava. A Pedigree confirmou a doação de 1 (uma) tonelada de ração para cães e gatos.

A WSPA coordena essa ação em apoio aos animais, junto às seguintes ONGs afiliadas: a Defensores dos Animais (Rio de Janeiro), o GAPA (Itaipava) e a AnimaVida (Petrópolis), a Combina (Nova Friburgo) e SOS Animal (Teresópolis), que estão se mobilizando regionalmente, visando minimizar o sofrimento dos animais.

A situação atual é grave

Cão descansa em meio aos escombros de uma casa atingida por um deslizamento no bairro Vale do Cedro, em Nova Friburgo

Na próxima segunda-feira, dia 17/01, dois especialistas da WSPA internacional chegam ao Rio para visitar o local. A instituição permanece em contato com os parceiros e está realizando um levantamento dos animais afetados para que possam ser socorridos, alimentados e tratados.

A área afetada reúne muitas espécies em abrigos, haras, sítios, além de centenas de animais abandonados nas ruas, cenário agravado pela situação atual das famílias desabrigadas. Segundo o último balanço do governo do Estado do RJ divulgado em 13/01, Petrópolis tem 6.500 desabrigados ou desalojados, e 1.500 casas total ou parcialmente destruídas. Em Teresópolis, são 960 desalojados e 1.280 desabrigados. Em Nova Friburgo, 3.220 desalojados 3.220 e 1.970 desabrigados.

Endereços para entregas de doações na região:

Ração, materiais, medicamentos:

GAPA - Grupo de Assistência e Proteção aos Animais Itaipava
Telefone: (24) 2222-8419

Clínica Bicharada
Estrada União Indústria, 10661, Itaipava/ Petrópolis (RJ) – CEP: 25750-225

ONG Combina (Companhia dos Bichos e da Natureza)
Rua José Eugênio Muller, 36, Centro – CEP: 28610-010 – Friburgo – Rio de Janeiro

Armazém do Gemmal
Estrada União e Indústria, 10.733, Itaipava – CEP: 25750-225
Tel: (24) 2222.0298

Fonte: http://www.wspabrasil.org/

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alemanha: Escândalo da dioxina mostra as maquinações criminosas da indústria de alimentos

Noticias - ANIMAIS - MUNDO
12-Jan-2011

Mais uma vez, alimentos de origem animal contaminados estão ameaçando a saúde dos consumidores. O sistema de controle é muito frouxo, e a política de informações é um desastre. O mais recente susto com as dioxinas revela que as autoridades alemãs aprenderam muito pouco com os escândalos referentes à segurança dos alimentos no passado.

Bélgica, primavera de 1999: inspetores descobrem altos níveis de dioxina, bem como de outras toxinas, em ovos. Uma companhia de reciclagem de óleo e gordura havia fornecido ao produtor de alimentos gorduras que continham elevados índices de dioxina e da substância tóxica acabou por contaminar frangos, suínos e bovinos – chegando dessa forma aos estômagos dos consumidores alemães. Reportagem de Andrea Brandt, Michael Fröhlingsdorf, Nils Klawitter, Julia Koch, Michael Loeckx e Udo Ludwig, no Der Spiegel.

Os prejuízos foram bilionários. O ministro da Saúde da Alemanha ficou indignado com os belgas, e a União Europeia anunciou mudanças drásticas.

Alemanha, inverno de 2011: ovos se acumulam nas prateleiras dos supermercados, sem serem vendidos. As mães temem dar leite de vaca aos filhos. As autoridades fecharam quase 5.000 unidades de produção e ordenaram que milhares de ovos fossem destruídos. Cerca de 150 mil toneladas de alimentos foram contaminados com gordura contendo dioxina fornecida por um produtor de Uetersen, perto de Hamburgo.

A ministra alemã da Proteção ao Consumidor, Ilse Aigner, diz achar “totalmente deplorável o fato de um setor produtivo inteiro ter sido afetado por infratores individuais”. Aigner, que é da conservadora União Social-Cristã na Baviera (em alemão, Christlich-Soziale Union in Bayern, ou CSU), o partido bávaro aliado da União Democrata-Cristã (em alemão, Christlich-Demokratische Union, ou CDU), da chanceler Angela Merkel, anuncia conversações com os Estados alemães com o objetivo de aperfeiçoar no futuro a proteção do consumidor.

As imagens, as reclamações e as promessas de melhoria são todas muitos similares.

A Alemanha tem agora nas mãos um novo escândalo na área de segurança de alimentos. E mais uma vez isso é anunciado como um caso isolado. Mas, seria isso de fato a irresponsabilidade isolada de uma única companhia? Os especialistas acreditam que a posição de Aigner é ingênua. Existem muitos sinais de deficiências dentro do sistema.

As reformas radicais no setor agropecuário, que o ex-ministro da Proteção do Consumidor, Renate Künast, um membro do Partido Verde (em alemão, Bündnis 90/Die Grünen), solicitou de forma bastante enérgica em 2001 foram há muito esquecidas. Atualmente, a indústria de alimentos baseia-se tanto quanto as outras indústrias na divisão de trabalho. O fator mais importante é o preço. Para serem capazes de vender ovos, carne e frango pelo menor preço possível em supermercados que oferecem descontos ao consumidor, os produtores são obrigados a cortar os custos, especialmente no que se refere à alimentação dos animais.

Uma indústria com uma reputação abalada

Certos setores da indústria de alimentos de origem animal não são particularmente escrupulosos, e estão dispostos a acrescentar aos seus produtos qualquer coisa que traga a promessa de reduzir os custos – e fazem tudo o que podem para driblar as regulamentações inconvenientes.

É difícil encontrar em Berlim alguém que deseje prejudicar o sucesso financeiro da indústria alimentícia alemã, o quarto maior setor econômico do país. Este setor fatura atualmente um quarto dos seus 150 bilhões de euros (US$ 194 bilhões, R$ 327,8 bilhões) em vendas anuais em outros países.

Sob tais circunstâncias, que político ousaria impor leis mais rígidas e regulações mais estritas que provavelmente implicariam em um aumento de custos para os produtores alemães?

O mais recente escândalo no setor de alimentos envolvendo gorduras contaminadas com dioxina demonstra o quão negligentemente as autoridades lidam com uma indústria que tem uma reputação abalada por incontáveis infrações. “Até agora, nós vínhamos lidando basicamente com produtos alimentares, e não com rações para animais”, admite Eberhard Haunhorst, diretor do Departamento de Proteção do Consumidor e Segurança dos Alimentos do Estado da Baixa Saxônia, no norte do país.

No ano passado, os funcionários de Haunhorst coletaram apenas 2.500 amostras aleatórias de 3.600 produtores comerciais de rações. A situação não é muito melhor no resto do país, onde os inspetores realizaram 14.557 inspeções em 2010. Um número mais ou menos igual de exames antidoping foram feitos em uma quantidade relativamente pequena de atletas alemães de primeira linha.

Carecendo de pessoal suficiente para realizar as suas próprias inspeções, as agências governamentais recorrem às autoinspeções feitas pelas companhias. Segundo as regulamentações algo vagas, toda companhia tem que garantir que os produtos que ela coloca em circulação são seguros. Segundo Haunhorst, não existem regulamentações especificando o que exatamente os produtores de ração precisam inspecionar. Embora várias companhias tenham criado o seu próprio sistema de garantia de qualidade, nenhum desses sistemas têm caráter obrigatório, e os testes regulares para determinar a presença de dioxinas não são explicitamente exigidos.

Johannes Remmel, membro do Partido Verde e ministro do Meio Ambiente e da Proteção do Consumidor do Estado da Renânia do Norte Vestfália, no oeste da Alemanha, está pedindo aos seus congêneres de outros Estados que criem legislações que imporiam uma regulamentação mais estrita sobre os produtores de alimentos. No entanto, Estados tradicionalmente produtores de produtos agropecuários como a Baixa Saxônia e a Baviera não estão dispostos a implementar mudanças significativas das práticas existentes. Eles esperam que a oposição que vêm fazendo em breve convença o seu combativo congênere a cair em si.

Maquinações da Indústria

Harles e Jentzsch, a companhia de reciclagem de óleo e gordura da região próxima a Hamburgo, que encontra-se no cerne do escândalo, é um exemplo claro daquilo que acontece quando os padrões de conduta exigidos dos produtores são lenientes. Quando o diretor executivo Siegfriend Sievert deparou-se com os resultados iniciais do teste de dioxina, a sua primeira reação foi minimizar o problema, o que é uma prática comum na indústria sempre que informações internas desagradáveis tornam-se públicas. As chamadas “gorduras técnicas” (gorduras já utilizadas, impróprias para o consumo) acabam se misturando inadvertidamente às gorduras utilizadas na alimentação animal, diz ele. Sievert chamou isso de um erro lamentável – nada mais do que um simples erro.

No entanto, é surpreendente constatar que um fornecedor de rações para animais esteja manipulando essas chamadas gorduras técnicas, que não poder ser utilizadas na cadeira alimentar. Ao comentar a questão das gorduras técnicas, Siebert afirmou que a sua companhia mantém “uma linha de produção paralela voltada para a indústria de papel”. E quando lhe perguntamos por que essa parte do negócio não é mencionada no website da companhia, ele declarou a “Der Spiegel”: “Neste momento é difícil determinar qual é o motivo”.

Wolfgang N. trabalha na indústria de rações há mais de 15 anos. Ele conhece a companhia de Uetersen e todos os outros negócios da indústria, e está familiarizado com as maquinações da empresa. Segundo ele, não é nenhuma coincidência o fato de esta companhia, com os seus 15 empregados, estar neste momento sob os holofotes da mídia. Ele diz que muitas empresas menores e de tamanho médio recorrem a truques e operações nebulosas para esconder a verdade. As companhias maiores têm condições de inspecionar as matérias primas que compram, diz N., e elas fazem isso para evitarem escândalos que poderiam prejudicar os seus negócios.

Mas até mesmo esses líderes de mercado não inspecionam todas as remessas de matérias-primas adquiridas, explica N. Os testes, incluindo aquele para determinar se há dioxinas no produto, são caros, custando cerca de 400 euros (R$ 873) cada, e o resultado demora várias semanas. Ele diz que uma possível maneira de evitar as atenções é diluir as gorduras prejudiciais com outros materiais a fim de manter os níveis de contaminação abaixo dos limites máximos permitidos no produto final.

Reduzindo custos

Especialistas como N. também criticam o fato de vários recicladores de gorduras também lidarem com resíduos especiais. Não é de surpreender que dificilmente alguma outra indústria extraia tanto resíduo quando a indústria de rações. Ela transforma resíduos em alimentos e reduz animais a sistemas de eliminação de resíduos. Nesse sistema, pode facilmente ocorrer que penas de aves e serragem coletadas no piso das granjas sejam utilizadas como material para dar mais volume às rações. Não existem limites para a audácia de algumas empresas da indústria de rações, que são conhecidas por usarem resíduos de esgotos nos seus produtos e de fazerem experiências com esterco líquido e água usada por curtumes.

Ironicamente, o atual escândalo teve início com uma companhia que acreditava-se que seria a resposta para os escândalos de contaminação por dioxinas ocorridos na virada do século. A Petrotec Biodiesel é especializada em transformar gordura de cozinha em combustível não agressivo ao meio ambiente. A companhia opera uma moderna refinaria em Emden, no noroeste da Alemanha, desde 2000. Já no início da década de noventa a empresa oferecia uma alternativa limpa à prática anterior de aproveitar resíduos em decomposição oriundos da indústria alimentícia acrescentando-os às rações para animais.

A empresa recebeu um estímulo em 2002, quando foi instituída a proibição, em toda a Europa, do acréscimo de gorduras de cozinha usadas a rações. Roger Boeing, diretor da Petrotec até o ano passado, afirma que sempre esteve claro que os subprodutos da operação de refino “não poderiam ser acrescentados a rações”. Afinal, acrescenta ele, ninguém poderia descartar uma contaminação das gorduras já usadas que estavam sendo fornecidas à indústria de rações. A Petrotec não realizava testes porque traços de dioxinas são um fator irrelevante no biodiesel, explica Boeing.

Companhias como a Petrotec obtêm a sua matéria prima do mundo inteiro. Como resultado disso, remessas dos Estados Unidos são às vezes processadas na Alemanha. E como as gorduras são movimentadas em um determinado terreno, a contaminação pode ocorrer facilmente durante o transporte. Wolfgang N., o conhecedor da indústria alega que as companhias de transporte procuram reduzir custos deixando de limpar rotineiramente os seus tambores e tanques nos intervalos entre transportes.

Parte dois: “Isso só pode ser o resultado de iniciativas criminosas”

A origem das dioxinas que no momento estão arruinando os negócios de milhares de fabricantes de produtos agropecuários alemães ainda é desconhecida. Quando os especialistas do Instituto de Inspeção Química e Veterinária de Münster, no noroeste da Alemanha, examinaram as amostras, eles ficaram surpresos. “Nós nunca antes tínhamos presenciado esse padrão específico”, diz Axel Preuss, o diretor do instituto. Segundo Preuss, é altamente improvável que a toxina tenha sido produzida durante o processamento na Petrotec. Agora o Estado da Renânia do Norte Vestfália pretende encomendar um estudo para determinar de onde veio a dioxina.

É possível que o mistério jamais seja resolvido. Entretanto, os políticos estão no momento discutindo publicamente as mudanças que segundo eles são urgentemente necessárias, embora alguns deles tivessem a princípio subestimado completamente a dimensão do escândalo da contaminação de alimentos. Vários ministérios nos Estados alemães afetados sabiam antes do Natal que um novo escândalo envolvendo as dioxinas estava em formação. Até mesmo o Ministério Federal da Agricultura sabia do que estava acontecendo, mas mesmo assim a informação foi sonegada. A agência da União Europeia encarregada desse tipo de problema também não foi imediatamente informada.

Na antevéspera do Ano Novo, David McAllister, o governador do Estado da Baixa Saxônia e membro da conservadora União Democrata-Cristã, estava sentado na sala de maquiagem em um estúdio de televisão da estação de televisão alemã NDR, preparando-se para a gravação da sua mensagem de fim de ano, quando recebeu um telefonema de Düsseldorf. Do outro lado da linha estava o ministro do Meio Ambiente da Renânia do Norte Vestfália que, reagindo à descoberta das dioxinas, queria que McAllister lhe fornecesse as listas completas de fornecedores dos produtores suspeitos de rações na Baixa Saxônia.

Remmel já havia passado dias tentando obter informações importantes de autoridades em Hanover, a capital da Baixa Saxônia. Mas foi só depois que ele telefonou para McAllister que algo foi feito a respeito do seu pedido. Sete dias após a divulgação de que havia dioxinas nos alimentos, as listas de fornecedores foram finalmente recebidas na Renânia do Norte Vestfália.

A avalanche não foi provocada pelas agências de inspeção governamentais ou pela fábrica de reciclagem de gorduras, Harles und Jentzsch, mas sim por um cliente que anunciou a descoberta de dioxinas. Uma inspeção laboratorial na Wulfa-Mast, uma fábrica de rações, também revelou níveis significativamente elevados de dioxinas em dois lotes de suas rações para galinhas poedeiras, segundo o Ministério da Agricultura em Hanover. Em 23 de dezembro, o Estado da Baixa Saxônia fechou as granjas para as quais essas rações haviam sido enviadas.

Uma iniciativa lucrativa

A seguir os inspetores seguiram para um depósito da Harles und Jentzsch em Bösel, uma cidade da Baixa Saxônia, onde os funcionários tinham uma explicação simples para o problema. Eles disseram que gorduras técnicas também também eram armazenadas no local, e que uma válvula no tanque número 11 provavelmente havia sido incorretamente operada durante um processo de mistura em 11 de novembro. Foi um erro humano, afirmaram os funcionários, e como resultado disso a gordura técnica pode ter sido acidentalmente misturada à gordura destinada à fabricação de rações. Aparentemente a gordura contaminada foi fornecida a seis outros produtores de rações.

Depois disso as autoridades intervieram. No entanto, elas acreditavam que a percentagem de gordura nas amostras de ração eram tão pequenas que, apesar do teor de dioxinas, os limites máximos legais aparentemente não teriam sido ultrapassados.

Quando os inspetores da Baixa Saxônia visitaram novamente o armazém de Bösel em 29 de dezembro, eles descobriram ácidos graxos técnicos impróprios para consumo em outros tanques de gorduras destinadas à fabricação de rações. O mesmo problema foi descoberto na sede da companhia em Uetersen, onde quatro tanques estavam cheios de gordura contaminada. Desta vez, no entanto, o problema não podia mais ser atribuído a erro humano.

“Isso só pode ser o resultado de iniciativas criminosas”, denunciou Hans-Michael Goldmann, membro do Partido Democrático Liberal (em alemão, Freie Demokratische Partei, ou FDP), a agremiação que defende os interesses do empresariado alemão, e presidente do Comitê de Proteção do Consumidor no parlamento alemão, o Bundestag. “E eu acreditava que essa história de acrescentar resíduos a rações fosse coisa do passado”. Aparentemente esse era um negócio lucrativo, já que as gorduras técnicas custam cerca de um terço do valor das gorduras apropriadas para a fabricação de rações.

A Associação Alemã de Alimentos de Origem Animal gaba-se de que o caso foi descoberto por meio de “autoinspeções e medidas de segurança”, afirmando que isso prova que, afinal de contas, o sistema de fato funciona.

Mas não inteiramente. A Harles und Jentzsch inspecionou os seus ácidos graxos três vezes no ano passado. Em cada uma dessas autoinspeções, descobriu-se que os níveis de dioxinas eram substancialmente mais elevados do que o máximo permitido, que é de 0,75 nanogramas por quilograma. Especificamente, esses testes revelaram níveis de dioxinas de 1,60 nanogramas por quilograma em 19 de março, 1,40 nanogramas em 21 de junho e 1,44 nanograma em 7 de outubro. Mas em nenhum desses casos a companhia informou as autoridades, ou sequer notificou os consumidores ou recolheu os produtos do mercado.

Quando os inspetores do governo visitaram a Harles und Jentzsch em 28 de julho, eles aparentemente não receberam os resultados dos testes. Quando eles testaram as suas próprias amostras em busca de dioxinas, os resultados teriam sido negativos. Os inspetores não chegaram sequer a suspeitar quando viram notas de entrega indicando que os ácidos graxos comprados não eram apropriados para a fabricação de rações. Agora a diretoria da empresa afirma que também foram vendidas gorduras para a indústria de fabricação de papel.

Inspeções “orientadas para o risco”

Aparentemente as autoridades confiavam na companhia. Devido às reduções de pessoal, os inspetores do Estado de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha, trabalhavam de forma “orientada para o risco”, significando que as companhias que atraíam maior atenção eram inspecionadas mais frequentemente do que aquelas sob as quais não pairavam suspeitas. Como resultado disso, a Harles und Jentzsch poderia esperar apenas uma inspeção por ano, ainda que a companhia forneça matéria prima para quase todas as fábricas de rações misturadas no norte da Alemanha. Após a visita em julho, sabendo que seria improvável uma nova inspeção durante algum tempo, a companhia sentiu-se segura para continuar adulterando as gorduras sem temer ser detectada.

O fato de o escândalo ter provocado relativamente poucos efeitos sobre a saúde dos consumidores até agora pode ser atribuído às propriedades da dioxina. Embora a substância seja considerada altamente tóxica, os ovos e a carne contaminados não representam um perigo específico. “As concentrações detectadas são tão baixas que só podem ocorrer problemas em casos de consumo regular durante um grande período de tempo”, explica Helmut Schafft, encarregado das questões relativas à alimentação de animais no Instituto Federal de Avaliação de Risco, em Berlim.

O limite estabelecido pela União Europeia de três picogramas de dioxina por grama de gordura em cada ovo só foi ultrapassado em uns poucos casos, e até mesmo esse limite é contestado entre os especialistas. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, considera “tolerável” que um indivíduo ingira quatro picogramas de dioxina por quilograma de massa corporal por dia.

Dessa forma, uma pessoa que pesa 75 quilogramas, poderia ingerir sem problemas uma dose diária de 300 picogramas, o que significaria uma grande quantidade de ovos contaminados, mas apenas umas poucas refeições à base de peixes como enguia e salmão, que muitas vezes contêm quantidades relativamente elevadas de dioxina. “As dioxinas estão em toda parte, e todo mundo ingere automaticamente quantidades diminutas todos os dias”, afirma o cientista Schafft.

Necessidade de mais transparência

Estritamente falando, até mesmo os ovos orgânicos, que estão se tornando cada vez mais populares, são contraproducentes se as galinhas ciscam em solo contaminado. “Os ovos de galinhas que ciscam no terreiro da casa da vovó e em volta do lixo já possuem cinco picogramas de dioxina”, admite Rudolf Joost-Meyer zu Bakum, diretor da Sociedade de Nutrição Animal Ecológica. E o mais natural de todos os alimentos, que é especialmente saudável, teria sido proibido caso os limites máximos de dioxina estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde fossem o único padrão utilizado: os níveis de dioxina no leite materno são muitas vezes superiores aos limites da Organização Mundial de Saúde.

Para complicar ainda mais a situação, as autoridades fazem com que seja difícil para os consumidores determinarem qual o risco a que já foram expostos. Os nomes das companhias e os códigos nos seus ovos precisam ser “revelados imediatamente”, afirma Günther Hörmann, diretor da agência de proteção ao consumidor com sede em Hamburgo. Isso é algo de trivial na Escandinávia, diz Hörmann, e um procedimento desse tipo também seria possível segundo a legislação alemã.

“Mas foi aí que autoridades nervosas se atrapalharam consultando os seus departamentos jurídicos”, reclama Hörmann.

Faz três semanas que o escândalo veio a público, mas até o momento só foram anunciados os códigos de ovos de dez empresas afetadas.

(Der Spiegel, no UOL Notícias, EcoDebate, 12/01/2011)

http://ambienteja.info/ver_cliente.asp?id=170006

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Dono de cão que não pagar imposto terá animal morto em cidade da Suíça

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12-Jan-2011

Reconvilier tem uma população de aproximadamente 2,2 mil pessoas e 280 cães. As autoridades justificam a medida extrema como parte do esforço para recuperar centenas de milhares de dólares em taxas não pagas. Segundo Némitz, uma lei de 1904 permite à administração da vila matar os cachorros dos donos inadimplentes.

A imposição pegou tão mal na cidade que as autoridades alegam já ter recebido ameaças de morte depois do anúncio. Némitz, porém, defende a medida. “O objetivo não é uma execução em massa de cães, mas sim pressionar quem não colabora”.

As autoridades defendem que o assassinato dos animais de estimação seria apenas o último recurso, após uma longa lista de penalizações. Mas se depender de Némitz, os cachorrinhos não contarão com muita piedade. Em entrevista ao jornal suíço “Le Matin” (confira o texto em francês na íntegra aqui), o presidente do Conselho Municipal falou um pouco sobre qual seria o método de execução escolhido. “Há cerca de 30 anos, quando tivemos de resolver um problema sanitário de pessoas que viviam em condições deploráveis com cachorros, optamos por dar um tiro na cabeça dos animais. Eles não sofreram. Injeções letais são um sentimentalismo”. Némitz prometeu, no entanto, que as autoridades veterinárias serão consultadas antes do ato final.

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/dono-de-cao-que-nao-pagar-imposto-tera-animal-morto-em-cidad_94965/

Nota T.A. - Juntamente com a xenofobia que assola moral e socialmente o continente europeu, alguns cretinos querem agora culpar os animais por sua incompetência administrativa.

Curitiba/PR: Cavalo vítima de maus tratos é encontrado no Sítio Cercado

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
12-Jan-2011

Dono do animal foi preso por injetar água com sal na veia do cavalo

Redação Bem Paraná

foto: Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba
foto: Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba
Nesta terça-feira (11) a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba recebeu uma ligação de funcionários da Creche Municipal Vila Vitória pedindo ajuda para um cavalo que estaria caído em um terreno baldio no bairro Sítio Cercado há muitas horas.

Chegando ao local, os agentes encontraram o animal caído se debatendo, com miíase (larvas) pelo corpo e ferimentos. A Guarda Municipal de Curitiba (GMC) Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) de Curitiba foram acionados para auxiliar no resgate do animal. Havia outro cavalo no local que segundo testemunhas seria da mesma pessoa.

Durante o resgate o responsável pelo animal apareceu no local. Ele tentou se justificar dizendo que o teria pego já machucado há dois meses. A Sociedade Protetora dos Animais informou ao homem que o estado do animal era grave e que teria que se explicar na delegacia de polícia. Em seguida, o homem foi preso em flagrante pela GMC e levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Ele responderá processo criminal.

Depois da prisão, funcionários do CCZV encontraram vestígios de sal e uma embalagem de seringa próximo ao cavalo. Testemunhas afirmaram que o dono do animal havia injetado cinco seringas de 10 ml com sal e água na veia do cavalo para matá-lo. Também havia feito uma solicitação no 156 para retirada de um cavalo morto daquele local às 14h. O documento estava com os funcionários do CCZV com os dados da solicitação incluia seu nome.

O cavalo foi sacrificado no local. O outro animal foi levado para a chácara da Sociedadede Protetora dos Animais, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, onde poderá ser adotado.

O homem será denunciado no Instituto Ambiental do Paraná (IAP) onde sofrerá processo administrativo, além do criminal, com autuação de R$500,00 a R$3.000,00.

http://www.bemparana.com.br/index.php?n=168663&t=cavalo-vitima-de-maus-tratos-e-encontrado-no-sitio-cercado

Maracanaú/CE: Ibama resgata de cativeiro 12 macacos

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
12-Jan-2011

Doze macacos-pregos sofriam maus-tratos. Proprietário do sítio San Maria, que aprisionava os animais, será multado

Uma denúncia anônima acabou com o suplício de 12 macacos-prego na manhã de ontem, no sítio San Maria, na Lagoa do Jaçanaú, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. Os animais eram mantidos em cativeiro há mais de 17 anos e estavam sem os cuidados de um veterinário há três. O resgate foi feito pela Polícia Militar Ambiental (PMA) e por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Institutos Naturais Renováveis (Ibama).

"O mais grave de tudo, além dos maus-tratos pelos quais passaram estes animais, é a questão da saúde pública, pois os macacos são transmissores de raiva", ressaltou o tenente coronel Alencar, comandante da Companhia da Polícia Militar Ambiental (PMA) e quem conduziu a operação. De acordo com Carlos Alberto Pereira, 34, o caseiro do sítio, eram apenas seis macacos quando ele começou a trabalhar no lugar, há 17 anos. "Hoje, existem 12, mas já teve macaco que morreu de parto também", admite Carlos Alberto.

Segundo ele, o sítio costuma ser alugado para festas e confraternizações - "no fim do ano passado quase todo dia tinha festa aqui" - e nunca aconteceu nenhum incidente envolvendo os animais. No entanto, o pai dele, Paulo Saraiva Calixto, 70, já foi atacado por um dos animais. "Faz um tempo, mas eu tive que tomar 15 injeções para não ficar doente", disse Paulo.

A única incidência causou surpresa, pois, o macaco prego "é uma espécie muito agressiva" entre eles e as pessoas que costumam tratá-los, informam as equipe da PMA e do Ibama.

Multa

Pela infração, o proprietário do sítio será multado em R$ 1 mil por animal e, ainda, será julgado por crime de maus-tratos e manutenção de animais silvestres em cativeiro, o que pode resultar de três meses a um ano de detenção. Os animais eram mantidos em um tronco de árvore, onde se encontravam duas casas de pássaros para abrigo dos macacos, e ilhados por uma pequena lagoa construída pelos proprietários ao redor de aproximados cinco metros de diâmetro de terra.

De acordo com o coronel, a comida dos animais não era balanceada e na geladeira, onde deveria estar a alimentação deles, não tinha nada. "Olha o estado destes animais é muito grave. É evidente que eles passam fome e sofreram maus-tratos", enfatizou o militar.

Com a denúncia e a operação da PMA, os animais serão encaminhados para o Centro de Triagem do Ibama. "Agora, nós iremos realizar exames de fezes, sangue e pelo, além de uma biometria de todos eles para identificarmos doenças".

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=916373

Ibama resgata curiós ameaçados de extinção no interior do Amazonas

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
12-Jan-2011
Portal Amazônia, com informações da TV Amazonas

MANAUS - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu nesta quarta-feira (12) em Itacoatiara ( distante 176 quilômetros de Manaus) dois curiós que vinham da cidade de Urucurituba (208 quilômetros de Manaus). Os pássaros estão na lista de animais ameaçados de extinção.

Segundo informações do Ibama, Alnan Bestier da Silva fugiu, que transportava os animais, conseguiu fugir do local.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Pássaros de Itacoatiara, Valcemir Santos, são capturados ilegalmente mais de 40 pássaros por mês em Itacoatiara para serem comercializados para outros estados.

O código ambiental brasileiro prevê multa de R$5 mil por ave apreendida irregularmente. A acusado ainda estará sujeito a pena de seis anos de prisão. (MS)

http://portalamazonia.globo.com/pscript/noticias/noticias.php?idN=118213

Polêmico, uso de peles volta às passarelas

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
12-Jan-2011

Material apareceu em coleções de inverno de três estilistas em semana de moda carioca; para ambientalistas, tendência é cruel e desnecessária


Afra Balazina, Andrea Vialli e Ana Bizzotto - O Estado de S.Paulo

Marcos de Paula/AE - Peles em alta. Modelo desfila pela grife Carlos Miele durante a abertura do evento Fashion Business, no Copacabana Palace
Marcos de Paula/AE - Peles em alta. Modelo desfila pela grife Carlos Miele durante a abertura do evento Fashion Business, no Copacabana Palace
A temporada de moda mal começou no Rio e já traz, além de tendências para outono e inverno, uma grande polêmica ambiental: o uso de peles verdadeiras. Nos desfiles do Fashion Business - evento paralelo à Fashion Rio, que começou ontem -, pelo menos três estilistas levaram peles à passarela: Carlos Miele, que usou raposa e coelho; Patrícia Vieira, que apresentou roupas de pele de cabra e de coelho, e Victor Dzenk, com peles de chinchila tingidas de rosa, vermelho e azul.

O tema é controverso porque o inverno brasileiro é ameno e não haveria razão para o uso de peles verdadeiras. "Não se justifica usar peles no Brasil", afirma Ingrid Eder, gerente de campanha da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, em inglês). Segundo ela, mesmo os animais que são criados para a produção de pele são submetidos a maus tratos. "Não há morte indolor. As chinchilas são eletrocutadas ou têm os pescoços deslocados. Agonizam conscientes, enquanto a pele é retirada", diz.

A estilista Patrícia Vieira argumenta que não pode usar material sintético porque sua "única matéria prima é o couro", que trabalha desde o curtimento até o acabamento. Mas ela ressalta que só usa "couro abatido pela carne", que é um subproduto. "O que faço é aproveitar o que sobra e usar um acabamento diferenciado. Também não sou a favor de usar animais abatidos só para esse fim e me preocupo com todo o processo. Só trabalho com curtumes que tenham tratamento de resíduos para não agredir o meio ambiente", diz a estilista (leia mais abaixo).

Chiara Gadaleta, consultora de moda, avalia que é "desnecessário o uso de peles verdadeiras nas passarelas". "Nosso clima não pede peças tão quentes. E pensando em uma época onde a moda precisa coexistir, integrar-se com o meio ambiente e com todos os ecossistemas, o uso de peles de animais significa dizer não a essas necessidades", afirma. Ela lembra que existem alternativas para peças de inverno, como técnicas de tricô. A consultora lança amanhã no Rio um instituto para promover a sustentabilidade na moda. "O nosso papel é o de informar e conscientizar, mas a decisão é do estilista", diz.

Os ativistas pelos direitos dos animais ficaram chocados com o uso de peles nos desfiles brasileiros. Nina Rosa Jacob, presidente do Instituto Nina Rosa, afirma que vestir peles no País não faz sentido." Os estilistas deveriam usar materiais que valorizassem nossas verdadeiras origens", diz. Ela conta que em novembro do ano passado foram feitos diversos protestos pelo mundo, até mesmo em Porto Alegre e em São Paulo. O movimento foi chamado de Sexta-feira Sem Pele. "Mas não costumamos fazer protestos em grande escala no Brasil porque o uso não é comum."

Ashley Byrne, da ONG internacional de proteção aos animais Peta, afirma que as peles sintéticas são mais leves, mais duráveis e práticas para cuidar. "É irresponsável e desnecessário usar peles verdadeiras, especialmente num país de clima quente como o Brasil."

Negócio. Apesar do clima, o uso de peles é um promissor negócio no Brasil. O País é o segundo maior produtor de peles de chinchila, atrás da Argentina. São cerca de 500 fazendas que abatem e comercializam em torno de 40 mil peles por ano.

O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP), autor de um projeto de lei que proíbe o abate de chinchila para o comércio da pele, afirma que já participou de apreensões de animais até em São Paulo. "Eram 400 chinchilas, confinadas em gaiolas num apartamento no Bom Retiro", conta. Para o deputado, o uso de peles na moda brasileira é um retrocesso.

Mas as peles ainda têm um público cativo. O empresário Luiz Mori é proprietário do Atelier de Peles, que há mais de 60 anos armazena casacos de pele natural de famílias tradicionais de São Paulo. Além de guardar as peças, ele faz manutenção e reformas.

Cada peça pode custar de R$ 4 mil a R$ 20 mil, mas existem casacos de até R$ 100 mil, feito de zibelina russa. "Quem armazena os casacos são famílias ricas. Antes, a classe média também usava, mas está surgindo uma nova classe média que não usa."

Para o empresário, a pele natural e a sintética são "bem diferentes". "A pele natural tem qualidade superior. É muito mais chique que a sintética."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110112/not_imp664980,0.php

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Campinas/SP: Cachorros têm paralisia depois de tomarem vacina

10-Jan-2011

Animais estão sofrendo de incontinência urinária e têm que ser carregados para fazerem suas necessidades

Daniela Nucci
Agência Anhangüera

Isabel e as cachorras Bolinha e Estrela

(Foto: Leandro Ferreira/AAN)

Bolinha, nome carinhoso da labradora de 2 anos e meio, e Estrela, mistura de labrador com cocker, de 7 anos, não conseguem mais andar normalmente. Os cães estão com quadro de paralisia desde que foram vacinados contra a raiva, em dezembro, segundo a dona dos animais, Isabel Cristina Ceccatto, de 39 anos.

“Estou extremamente preocupada com eles e com a nossa situação, porque agora temos que carregá-los para fazer as necessidades. Além disso, os dois estão sofrendo de incontinência urinária. Não sei se isso tem haver com a reação da vacina, mas achamos muita coincidência isso acontecer 48h depois da vacinação e com os dois”, disse Isabel.

A coordenadora da vigilância epidemiológica da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) de Campinas, Briginia Kemp, disse que hoje (10/01) vai ser feita uma investigação para avaliar o quadro dos animais e definir se existe uma relação com a imunização antirrábica. Até agora, esse é a único caso suspeito de reação à vacina. “Vamos avaliar se já conhecemos ou não o caso e vamos fazer uma investigação. Se a gente já conhecer o fato, vamos ver o que aconteceu. Vamos entrar em contato com o veterinário particular da família para termos uma avaliação clínica dos animais e descobrir uma causa convincente”, afirmou.

No final do ano passado, foi realizada uma campanha promovida pela Secretaria de Saúde de Campinas para imunizar contra a raiva cães e gatos em Barão Geraldo. A campanha anual de vacinação antirrábica foi suspensa em 2010 pelo Ministério da Saúde devido ao alto índice de reações adversas graves registrado. Mas, devido à grande concentração de morcegos diagnosticados com raiva nos bairros Jardim América, Vila Independência, Santa Izabel e Vila Burato, foi providenciado outro produto e as equipes da Prefeitura vacinaram domiciliarmente os cães e gatos da região.

“Dois dias depois os cachorros começaram a perder os movimentos da parte de trás. Meu marido falou com o veterinário do Centro de Zoonoses explicando o caso e ele disse que a causa não estava ligada à vacina e que os dois apresentavam sintomas de cinomose (uma enfermidade causada por um vírus que afeta os aparelhos respiratório, gastrointestinal, e o sistema nervoso dos animais). Sem solução, procuramos nosso veterinário. Ele deu os primeiros socorros e hoje damos apenas vitaminas, como ele prescreveu. Mas os dois continuam com a dificuldade em andar. Queremos saber da Prefeitura se tem alguma solução ou providência para irmos atrás”, afirmou Isabel.

http://cosmo.uol.com.br/noticia/72365/2011-01-10/cachorros-tem-paralisia-depois-de-tomarem-vacina.html

Lobo-guará sobrevive a atropelamento graças a tratamento com células-tronco

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
10-Jan-2011

A fêmea chegou ao zoológico de Brasília em estado de pré-coma. E, no mesmo dia da operação, já conseguiu ficar em pé.

No zoológico de Brasília, uma fêmea de lobo-guará conseguiu sobreviver a um atropelamento e voltar para a natureza. Tudo graças a um tratamento com células-tronco. Uma novidade que pode ajudar na preservação de animais selvagens.

A fêmea de lobo-guará chegou ao zoológico de Brasília em estado de pré-coma. Ela foi atropelada por um caminhão. Para tratar os ferimentos e a pata quebrada, a equipe de veterinários optou por um tratamento inédito: usar células-tronco em um animal selvagem.
“Fazendo uso de célula-tronco, a gente tem a cicatrização óssea mais rápida. Esse animal tem menos tendência a refraturar e a cicatrização é mais completa”, explicou o veterinário Rafael Bonorino.

No mesmo dia da operação, a loba conseguiu ficar em pé. Uma semana depois, não precisava mais tomar remédios e não sentia dor.

Foi justamente na fase recém-operada que a loba deu um susto nos veterinários do zoológico de Brasília. No dia 22 de setembro, como de costume, o tratador chegou, por volta das 7h, para saber como o animal passou a noite. E descobriu a prova do que ninguém esperava, mas aconteceu: a loba, com apenas oito dias de operação, conseguiu ter força e disposição fugir do zoológico.

Ela foi encontrada a dois quilômetros do zoológico e levada de volta para continuar o tratamento e, um mês depois da cirurgia, o raio X já mostrava a recuperação no osso da loba.
“É o primeiro registro no planeta Terra de um caso com animal silvestre, nesse caso, com lobo-guará”, destacou diretor do Zoológico de Brasília, Raul Gonzalez.

Ao todo foram quatro meses de tratamento. Sem as células-tronco, demoraria o dobro do tempo.

E enfim, chegou a hora mais esperada: dentro de uma caixa, a loba, totalmente recuperada, foi levada para a natureza. Assustada, foi preciso um pouco de ajuda, até que ela finalmente reconheceu o cerrado e saiu correndo de volta para casa.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/lobo-guara-sobrevive-atropelamento-gracas-tratamento-com-celulas-tronco.html