sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PM acusado de balear cão Branco não comparece e julgamento é remarcado

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
20-Ago-2010
Euzeni Daltro | do A Tarde

Atualmente, Branco mora na rua com um homem conhecido como Capenga e duas protetoras. - Foto: Luciano da Matta
Atualmente, Branco mora na rua com um homem conhecido como Capenga e duas protetoras. - Foto: Luciano da Matta
O julgamento do policial militar Wellington Sena Mariano, acusado de balear o cão Branco, em outubro de 2008, mais uma vez não foi realizado porque o PM não compareceu à audiência, enviando um atestado médico para justificar a ausência, de acordo a advogada de acusação, Ana Rita Tavares, da Ong Terra Verde Viva.

O julgamento estava agendado para 9h desta sexta-feira, 20, no Juizado Especial Criminal de Nazaré, no Fórum Criminal Carlos Souto mas, diante da ausência do réu, um novo julgamento foi agendado para 8 de setembro no mesmo local.

A acusação requereu o envio de um ofício ao médico que assinou o atestado apresentado por Wellington Sena Mariano, solicitando que o mesmo envie o prontuário e o relatório médico do policial à Justiça. Além disso, também foi pedido que o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) notifique o médico de modo que ele comprove a veracidade do atestado junto ao Conselho.

“Branco hoje representa um paradigma nacional da realização da Justiça. Trata-se de um caso grave que sempre acontece, mas nunca havia sido noticiado, as pessoas não tomavam conhecimento. Essa foi a primeira vez em que um policial foi levado à Justiça por maus tratos a um animal que vive na rua”, afirma a advogada Ana Rita Tavares.

Branco – “Branco está bem. Ele é muito querido e está sendo assistido pela comunidade do Centro Histórico”, diz a advogada Ana Rita Tavares sobre o cão Branco, que é vira-lata. De acordo com ela, depois da recuperação do animal, tentou-se levá-lo para morar em um abrigo nas dependências da Ong Terra Verde Viva, na BR-324, mas o cachorro não se adequou. “Ele ficava latindo o tempo todo e tentando derrubar a proteção do local”, conta Tavares.

Hoje, Branco reside onde sempre morou, na rua. E conta com um guardião, um homem conhecido como Capenga, e duas protetoras, Roberlina Mercury e Priscila Cerqueira. Esta última, inclusive, foi quem socorreu o cão, quando ele foi baleado pelo policial.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5608957

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