Equipe da CPFL foi barrada ao executar serviço e empresa marca reunião para discutir ação
Henrique Beirangê
(Foto: Dominique Torquato / AAN)
A tentativa de poda de uma árvore na Rua Coronel Silva Teles, no Cambuí, pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), gerou um desentendimento entre moradores da região e a empresa.
No último domingo (02/05), o corte dos galhos mobilizou inclusive a organização não governamental (ONG) Movimento Resgate o Cambuí, que conseguiu interromper o trabalho de corte dos arbustos. Os moradores pediram que a poda fosse interrompida, alegando que o serviço era desnecessário e prejudicial à arvore. Uma reunião entre os moradores do bairro e representantes da CPFL será realizada na tarde desta quarta-feira (05/05), debaixo da árvore, para discutir a poda.
A diretora da ONG, Tereza Penteado, diz que no dia em que os moradores intervieram, os funcionários da companhia não souberam informar quem era o técnico responsável e não dispunham de um documento autorizando a ação.
Ela ainda afirma que a empresa faz esse tipo de poda em várias árvores do bairro e que já comunicou a CPFL sobre a situação. “A rede elétrica do bairro já foi substituída por um tipo de fiação que torna desnecessário esse tipo de corte (a fiação do bairro foi substituída por redes isoladas e compactadas).”
O engenheiro florestal, José Hamilton de Aguiar Júnior, disse que o tipo de poda que a CPFL costuma realizar é prejudicial a saúde das árvores. “A empresa costuma realizar podas em V, tipo de técnica que danifica as estruturas das árvores”, afirmou.
O Departamento de Parques e Jardins(DPJ), órgão da Prefeitura responsável pela fiscalização desse tipo de trabalho, afirma que realiza reuniões periódicas com a CPFL para tratar do tema.
A CPFL informou que a execução das podas busca retirar das árvores somente os galhos que já estão tocando ou podem tocar na fiação com o vento, assim como os galhos que oferecem risco de queda sobre a rede energizada.
A empresa diz que se isso não for feito, os galhos em excesso podem levar ao rompimento da fiação e colocar em risco a integridade de pedestres. A companhia também informou que a troca da rede convencional por redes protegidas reduz bastante a necessidade de intervenção nas árvores, mas não a elimina em alguns casos.
http://cosmo.uol.com.br/noticia/52645/2010-05-04/cambui-moradores-impedem-cpfl-de-podar-arvore.html
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