Cinco carroceiros que atuam no Mercado Municipal receberam da Prefeitura de Taubaté o emplacamento de suas carroças na sexta-feira, 30, um marco do início da vigência da Lei Complementar nº 205, de autoria dos vereadores Alexandre Villela (PMDB) e Henrique Nunes (PV), que também proíbe a circulação de veículos de tração animal no centro da cidade.
Segundo Alexandre Villela, o nível de estresse do animal que fica no centro é muito grande. “Se houver extrema necessidade de os carroceiros terem que trabalhar nessa área do Mercado, a gente tem que pensar num horário específico para ser feito o recolhimento dos entulhos, mas não durante todo dia. A gente quer evitar o trânsito de carroças frequente e desordenado no centro”, defendeu.
O vereador afirmou que, se houver necessidade, será marcado um horário no período da manhã, quando o trânsito é melhor, para que os carroceiros trabalhem. “Existem alternativas. Nós podemos fazer uma alteração da lei, liberando a região do mercado. Antes, é necessária uma conversa entre os carroceiros e a Prefeitura, para saber se isso é viável.”
Para Henrique Nunes, o tráfego de carroças no centro prejudica o trânsito, dado o traçado antigo das ruas e o elevado número de veículos. “Temos que pensar na maioria, no beneficio geral. Não podemos ter prejuízo por conta disso, é mais benéfico a carroça não circular no centro por conta do lentidão que causa. Essa é a tendência das grandes cidades, como São José dos Campos, sem falar em São Paulo, que não comportam o trânsito das carroças no centro.”
Henrique disse que há um desconforto geral causado pelo trânsito de carroças no centro e pelo fato de o animal defecar nas ruas, mas salientou que os carroceiros podem atender a demanda da periferia. “A população vai ganhar muito com isso, sem contar o cuidado com os animais, que é outra preocupação que a lei abrange,” afirmou.
O emplacamento foi realizado pelos diretores dos departamentos de Trânsito e de Serviços Urbanos, Monteclaro César Junior e Renato Felgueiras. Os condutores de carroças já emplacadas que forem flagrados despejando irregularmente lixo em terrenos baldios devem ser denunciados pelo telefone 156. Os que não tiverem placa deverão regularizar a situação junto ao Departamento de Trânsito.
Um dos carroceiros mais antigos da cidade, Ivo Berbare, há 20 anos no ramo, afirmou: “Para nós, que trabalhamos direito, o emplacamento é uma boa conquista, mas é preciso que cumprir a lei, e fiscalizar para evitar que as pessoas joguem entulho.”
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