Ação começa com coleta de de amostras dos cães residentes no condomínio onde caso foi registrado
A Secretaria de Saúde começa a investigar nesta terça-feira um foco de leishmaniose visceral americana (LVA) em um condomínio em Barão Geraldo, onde houve confirmação de um caso da doença em um cão. O animal morreu e a doença foi confirmada por meio de exames laboratoriais, mas ainda não se sabe se foi contraída no município (autóctone) ou foi importada.
A ação dos agentes da Saúde começa com a coleta de amostras dos cães residentes no condomínio para exames laboratoriais. A estimativa é que sejam colhidos amostras de sangue de 200 animais. Em seguida será feito estudo para identificação do vetor (o mosquito Lutzomia longipalpis) e análise ambiental.
Na semana passada, houve reunião com moradores do condomínio, para informar sobre o caso e as ações a serem desencadeadas.
Focos
Em Campinas, o primeiro foco com caso autóctone da doença foi registrado em novembro passado, em um condomínio no distrito de Sousas. Após esta ocorrência, houve registro de outro foco na Vila Costa e Silva, onde não pode ser confirmada autoctonia porque o caso referia-se a um cão errante, de origem desconhecida. Em seguida, foi registrado um foco na Vila João Jorge, de um caso canino importado de Campo Grande, um foco no Chapadão, de um caso canino importado de Corumbá, e este foco de Barão, ainda sob investigação.
A leishmaniose visceral é uma zoonose que pode afetar o homem. É infecciosa, mas não é transmitida de pessoa para pessoa e acomete vísceras, como o fígado e o baço. A doença é causada por um protozoário e transmitida ao homem por meio da picada do inseto conhecido popularmente como "mosquito-palha, birigui, asa branca, tatuquira e cangalhinha", que ataca o homem e os animais, principalmente no início da noite e ao amanhecer.
Os sintomas são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes.
O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença, feito com uso de medicamentos específicos, repouso e uma boa alimentação.
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