A Plataforma de Objecção ao Biotério espera que o Parlamento vote favoravelmente a petição contra a construção de um biotério central na Azambuja e que não passe ao lado desta discussão, criando medidas legislativas.
Contactada pela Agência Lusa, fonte da Plataforma explicou que só na quarta feira da semana passada tiveram conhecimento de que a Assembleia da República se preparava para discutir a petição e que, por isso, várias iniciativas de combate à construção do biotério ficaram adiadas.
Esperam, agora, que os partidos com assento parlamentar não passem ao lado desta discussão e aprovem medidas legislativas que criem alternativas aos testes em animais.
“Esperamos que este trabalho de um ano não caia no esquecimento e que os partidos votem favoravelmente a petição e as medidas que estamos a sugerir e que não passem ao lado deste acontecimento”, disse Mariana Crespo, da Plataforma de Objecção ao Biotério.
De acordo com Mariana Crespo, a Plataforma tem vindo a ter conversações com todos os partidos políticos e “todos parecem favoráveis” a algumas medidas propostas pela organização.
“Todos os partidos nos pareceram ser favoráveis a uma das nossas medidas, que é a criação de um Centro de Alternativas ao invés da criação do biotério na Azambuja, enquanto para o reposicionamento da lei em relação à experimentação animal só conseguimos o apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista”, revelou Mónica Crespo.
Tal como explicou a representante do movimento, o Centro de Alternativas consiste num centro alternativo à experimentação animal, que se dedique à exploração de métodos alternativos ao uso de animais de laboratório.
“Cada vez mais se acredita que a experimentação em animais tem problemas e são os centros que desenvolvem tecnologias, seja através de células in-vitro, seja através de modelos computorizados ou de células estaminais para encontrar alternativas aos animais”, adiantou Mónica Crespo.
Já no que diz respeito à segunda parte da proposta da Plataforma, Mónica Crespo já não tem tanta certeza que consiga a aprovação por parte de todos os partidos políticos com assento parlamentar.
Em questão, alterações à lei sobre a experimentação animal. “No fundo, mais do que dizerem que não concordam, alegam que não está na prioridade das suas preocupações e há partidos que estão a concertar esforços por exemplo em políticas sociais”, adiantou, acrescentando que esta posição poderá inviabilizar o resultado final da votação.
Independentemente do resultado obtido na votação Mónica Crespo disse que agora “o grande trabalho será político”. “Já temos os contactos dentro dos partidos e tudo faremos para esse trabalho político continue e alcançar o grande objectivo a que nos propusemos”, rematou.
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