sábado, 19 de junho de 2010

“Direito dos Animais” no FGV Direito Rio

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
19-Jun-2010

David Cassuto, da Nova Iorquina Pace University, comanda o seminário “Direito dos Animais”, entre os dias 21 e 24 de junho, na FGV Direito Rio. Em pauta estão discussões que vão desde as diferenças nas proteções legais aos bichos até as conexões entre as leis para animais e o meio ambiente. O evento será das 18 às 19h 30 min e as inscrições podem ser feitas até o dia 20 através do email ( direitorio@fgv.br)

A FGV Direito Rio lança a série “Café com Lei” no próximo dia 24. A primeira edição tratará do licenciamento ambiental da Companhia Siderúrgica do Atlântico e terá como palestrantes a Subsecretária Estadual de Política e Planejamento Ambiental, Elizabeth Cristina da Rocha Lima, a Gerente Jurídico de Meio Ambiente da Thyssenkrupp CSA, Monica Jaén e a Diretora de Licenciamento Ambiental, Ana Cristina Henney. O evento será das 8h às 10h, no hall do 12 º andar da FVG na Praia de Botafogo. Pré-inscrições podem ser feitas através do link: http://direitorio.fgv.br/inscricao-cafe-com-lei

http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=121881

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma pequena - grande - homenagem a JOSÉ SARAMAGO



Saramago escreveu sobre a elefanta Susi, do zoológico de Barcelona, que está sofrendo com sua situação de aprisionamento. ONGs cogitaram que ela pudesse morrer de tristeza. (Leia a notícia no jornal El País de 2009).

Abaixo o texto de Saramago, que também pode ser lido no blog do autor: http://caderno.josesaramago.org/2009/02/19/susi/

Susi por sua vez continua encarcerada no Zoológico de Barcelona, vejam noticias atualzadas no site espanhol "Libera a Susi"


Susi
por José Saramago

Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.

Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?



A Racionalidade Irracional

por José Saramago

Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá «que coisa tão cruel». Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantenedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.

Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra?

Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer.

Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.

José Saramago, in 'Diálogos com José Saramago'

quarta-feira, 16 de junho de 2010

19/06 - Palestra Pitbul: Uma visão além do preconceito é bom práCachorro na Matilha Cultural




Policial que atirou em cachorro é condenado na BA

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
16-Jun-2010

Um policial rodoviário que atirou em um cachorro de rua, há cerca de um ano, em Salvador terá que comprar 50 quilos de ração durante doze meses para uma associação de animais. Ele ainda vai ter que pagar R$2.500 ao veterinário que atendeu o animal. O agressor alega que se assustou com os latidos.

Outro caso parecido pode ser julgado hoje. O policial militar Wellington Sena Mariano, que atirou em um cachorro, no centro da capital baiana em outubro de 2008, responde por crime ambiental e maus tratos.

O cachorro baleado acompanhava um sem teto que dormia na escadaria da câmara legislativa. O policial afirma que foi atacado pelo animal. Já na versão da advogada Ana Rita Tavares, que presenciou o fato, o militar foi agressivo com o morador de rua e, por isso, o cão reagiu.

Nos dois casos, os cães sobreviveram, como noticiou a BandNews FM.

Redação: João Vitor Mazini

http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=316226

Porto Alegre/RS: Proibição às carroças começa em 2013

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
16-Jun-2010
Eduardo Rodrigues


Diário Oficial de Porto Alegre publicou as datas e as áreas em que não será permitida a circulação de veículos de tração animal e humana. Limitação será gradual.

Agora é oficial. Uma resolução da EPTC, publicada esta semana no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), define o cronograma de proibição de carroças e carrinhos de mão em Porto Alegre, obedecendo à lei municipal aprovada em 2008.

A cidade foi dividida em quatro zonas. Em março de 2013, não será mais permitido o tráfego de veículos de tração animal e humana na chamada Zona 1 (veja quadro).

- Prazo termina em 2016

A eliminação total destes veículos das ruas da cidade ocorrerá em março de 2016. Até lá, a prefeitura deverá encontrar uma solução para cerca de 12 mil trabalhadores e seus oito mil cavalos. Para o presidente da Associação dos Carroceiros, Teófilo Motta, a prefeitura não poderia abreviar um prazo que já era curto para a categoria procurar outras formas de sobrevivência. Estima-se que cerca de 30 mil pessoas dependem do dinheiro obtido com a venda de ferro, plástico, papel, vidro e metal.

– A prefeitura ainda não sabe o número real de carroceiros e nem o que fazer conosco. Não adianta querer esconder o problema debaixo do tapete – diz Teófilo.

- Fiscalização será rigorosa

A EPTC anuncia que as medidas serão cumpridas com rigor. Conforme o diretor de operações, Vanderlei Cappellari, os locais serão sinalizados e monitorados por agentes.

– Quem não respeitar será penalizado com advertências, apreensão e recolhimento de veículos e animais e multa – afirmou.

- Prefeitura garante cursos

O secretário adjunto da Coordenação Política e Governança Local, Luciano Marcantônio, garantiu ontem que os cursos profissionalizantes para carroceiros e carrinheiros (trabalhadores que empurram carrinhos) começarão em julho.

Um dos cursos será na área da construção civil. Outro, no setor de turismo, formará cozinheiros, auxiliares de cozinha, porteiros e camareiras. Segundo Luciano, o projeto já está pronto, faltando apenas definir a operacionalidade.

– Estamos verificando locais, necessidade de transporte e horários para implantar os cursos – frisou.

Até 2011, também devem ser inauguradas três unidades de reciclagem de lixo: Frederico Mentz (Navegantes, em 60 dias), Vila Dique (Porto Seco, em 60 dias) e na Vila Chocolatão (Mario Quintana, em dez meses).

1º de março de 2013
- Zona 1 – Cruzamento da Av. Edvaldo Pereira Paiva com a Av. Ipiranga, seguindo até a Av. Antônio de Carvalho, Av. Bento Gonçalves, terminando no limite com Viamão até os bairros Ponta Grossa, Chapéu do Sol, Restinga e Lomba do Pinheiro.
1º de março de 2014
- Zona 2 – Cruzamento da Av. Ipiranga com Av. Salvador França, seguindo pela Av. Sen. Tarso Dutra, Av. Carlos Gomes, Av. Augusto Meyer, Av. Dom Pedro II, Av. Souza Reis, Rua Edu Chaves, Av. dos Estados, até o limite com Canoas.
1º de março de 2015
- Zona 3 – Cruzamento da Av. Ipiranga com a Rua Silva Só, R. Mariante, Av. Goethe, R. Dr. Timóteo, Av. Cristóvão Colombo, Av. Pernambuco, Av. São Pedro, até o cruzamento virtual do prolongamento da Av. São Pedro com a Av. Pres. Castelo Branco.
1º de março de 2016
- Zona 4 – Só será permitida a circulação na periferia (Ponta Grossa, Chapéu do Sol, Restinga, Lomba do Pinheiro, Lami, Belém Novo e Lageado) e ilhas.

DIÁRIO GAÚCHO - http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/diario-gaucho/19,0,2938765,Proibicao-as-carrocas-comeca-em-2013.html

Australia: Fezes de baleia ajudam oceanos a absorver gás carbônico, diz pesquisa

Noticias - ANIMAIS - MUNDO
16-Jun-2010

Fezes do cachalote - uma das maiores baleias do mundo - podem ajudar a absorver dióxido de carbono do ar, de acordo com pesquisadores australianos da Universidade Flinders, em Adelaide.

A equipe de cientistas, liderada por Trish Lavery, calcula que cachalotes do Oceano Antártico liberam cerca de 50 toneladas de ferro em suas fezes por ano, o que estimula o crescimento de plantas marinhas - fitoplâncton - que absorvem gás carbônico durante a fotossíntese.

O processo resulta na absorção de cerca de 400 mil toneladas de carbono - mais do que o dobro do que as baleias liberam na respiração, afirma o estudo.

A pesquisa, publicada na revista da Royal Society (Sociedade Real) Proceedings B, diz que o processo também gera mais comida para as cerca de 12 mil baleias da espécie que se acredita existir nesta região.

Fitoplâncton é a base da cadeia alimentar marinha nesta parte do mundo e o crescimento destas pequenas plantas é limitado à quantidade de nutrientes disponível, incluindo o ferro.

Fertilizante

Durante a última década, muitos grupos de cientistas realizaram experiências inserindo ferro nos oceanos para tentar conter as mudanças climáticas.

Nenhuma destas experiências foi bem-sucedida; a maior delas, a expedição alemã Lohafex, jogou seis toneladas de ferro no Oceano Antártico em 2008, mas não verificou nenhum aumento sustentável de carbono.

Apesar do carbono absorvido pela ação dos cachalotes - 400 mil toneladas - representar uma quantidade dez mil vezes menor do que as emissões anuais de combustíveis fósseis, os pesquisadores ressaltam que o total global pode ser maior.

Estima-se que haja várias centenas de milhares de cachalotes nos oceanos, apesar de ser difícil contá-los e que fezes de baleia estejam fertilizando plantas em várias partes do mundo.

Os cachalotes se alimentam - basicamente de lulas - no fundo do oceano e defecam nas águas mais próximas da superfície onde o fitoplâncton pode crescer, tendo acesso à luz.

Segundo os pesquisadores, liberar o ferro aqui é também bom para as baleias, já que o fitoplâncton é consumido por animais marinhos minúsculos - o zooplâncton - que, por sua vez, são consumidos por criaturas maiores que fazem parte do cardápio das baleias.

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/06/16/fezes-de-baleia-ajudam-oceanos-absorver-gas-carbonico-diz-pesquisa-916894472.asp

terça-feira, 15 de junho de 2010

Içara/BA: Veterinários do zoo investigam se animais de circo foram maltratados

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
15-Jun-2010
Fernando Vivas/Agência A TARDE

Administração do zoo de Salvador explicou que espaço não é adequado para abrigar os dois elefantes.

Os animais removidos do Circo Portugal no sábado, dia 12, após determinação judicial, continuam no jardim zoológico, em Ondina, onde permanecerão por dois meses. Dois camelos, um cavalo e dois elefantes foram apreendidos na tenda do circo, instalada em Cajazeiras X, após denúncia de maus-tratos feita pelo promotor de justiça Heron Gordilho e as associações protetoras dos animais Terra Verde Viva e Célula-Mãe.

“Os animais estão sendo submetidos a exames parasitológicos, sangue, fezes e urina, que serão coletados até hoje (quarta-feira)”, explica o administrador zoológico, Gerson Norberto. De acordo com o gestor, o acolhimento foi possível graças a pequenos ajustes no local, como reforços de gradil e ferrolhos. “Foi pedida a guarda temporária. Nesse tempo, a gente consegue acolhê-los, mas temos outras demandas. Não constavam em nossa planilha esses bichos. A gente vai dar suporte para os próximos 60 dias”, garante.

Para o ambientalista Marcell Moraes, que acompanhou toda a apreensão, o próximo passo é impedir que os animais voltem para o circo. “Estamos tentando fazer com que eles sejam tratados e mantidos no próprio zoológico. O ideal seria conduzi-los ao habitat, mas eles cresceram e estão acostumados a viver em cativeiro. O destino deles é continuar no zoológico”, sugere ele, que é presidente da ONG Germen.

Na opinião do ambientalista Juliano Matos, ex-secretário Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e integrante da ONG Terra Verde Viva, os animais não estavam vivendo de forma plena, presos no circo. “Eles são tirados da condição natural e ficam superativos.
São domesticados fora do contexto fisiológico”, afirma. Para ele, um outro ponto preocupante são os maus-tratos. “Choque elétrico faz parte do treinamento e adestramento desses animais. Isso, para nós, é uma agressão”, completa.

Proibição - Marcell Moraes lembra que, em algumas capitais do País, como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Natal e Porto Alegre, existem leis municipais que impedem a presença de animais em circo. “No Rio, por exemplo, eles nem entram. Com essa brecha aqui, todos os circos vêm parar em Salvador. Muitos vão para as cidades do interior, onde não existe fiscalização”, conta.

http://jornal.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=3618299

domingo, 13 de junho de 2010

EUA: Atores declaram amor incondicional por seus cães

Noticias - ANIMAIS - MUNDO
13-Jun-2010

O mundo cão de Richard Belzer e Christopher Meloni

Os detetives mais cobiçados da TV mostram carinho pelos animais


Os atores de Law & Order: SVU declararam amor incondicional por seus cães. Christopher Meloni, o detetive Elliot Stabler, e Richard Belzer, mais conhecido como John Munch, mostram intimidade com o melhor amigo do homem no documentário “My Dog: An Unconditional Love Story”.

O filme explora a relação do homem com o animal de estimação e o forte laço que os une. Richard é apaixonado por animais, tanto que é visto constantemente passeando com seu cão, um poodle-fox terrier chamado Bebe. No documentário, garante que seu melhor amigo é muito inteligente. “Minha esposa fala francês com o Bebe e ele entende tudo. E olha que não são frases simples”, diz.

Richard Belzer

O parceiro de Olivia Benson não poderia ficar fora dessa. Meloni aparece descontraído sentado em um banco enquanto seu cão brinca ao lado dele. Christopher afirma que a relação do animal com o homem é sempre de lealdade. “Não há mentiras, ele te ama, pensa em você e precisa de você.”

Christopher Meloni

O documentário ainda conta com depoimento de outros artistas, como Glenn Close e Richard Gere. Uma curiosidade é que vinte por cento do dinheiro arrecadado com as vendas será doado para instituições de cuidados de animais.

http://uc.globo.com/svu/Noticias/O-mundo-cao-de-Richard-Belzer-e-Christopher-Meloni.shtml