sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A história de Mambo, o cãozinho que comoveu a França, Zinedine Zidane e Alain Delon

Enviado por: Gatos & Amigos - Porto Alegre

foto de Mambo ferido e dolorido (EMMEVI)
foto de Mambo ferido e dolorido (EMMEVI)
Mambo foi queimado vivo em uma rua , por dois jovens que atearam fogo nele porque queriam se divertir. Mas Mambo não só sobreviveu, como se tornou símbolo da luta contra a crueldade contra os animais na França.

A história aconteceu no mês de agosto, na madrugada do dia 11, quando dois rapazes encontraram o cão abandonado, perambulando pelas ruas. Enquanto um segurava o cão o outro pulverizava a gasolina em todo o seu corpo, “por diversão”, conforme admitiram mais tarde. O animal, se contorcendo e se esfregando no chão, conseguiu escapar e fugiu para longe, com queimaduras de terceiro grau em todo o corpo.

No julgamento, Mambo chegou nos braços de sua nova dona.
No julgamento, Mambo chegou nos braços de sua nova dona.
Segundo o procurador, ele não estava no tribunal "para despertar a emoção", mas porque "esse era o seu lugar como uma vítima". Essa talvez seja a primeira vez que um cão se equivale a uma pessoa em um julgamento, apesar que, para as leis francesas, os animais ainda são considerados "bens móveis” .O rapaz de 22 anos já foi julgado e condenado a um ano de prisão,dos quais, seis meses em liberdade condicional e também uma multa de 6 mil euros(Quase R$18.000,00) sob a acusação de ter cometido o delito de crueldade e barbárie contra os animais.O outro, por ser menor de idade será julgado em dezembro pelo tribunal de Menores.

Patronos - Mambo, aliás, também pode se vangloriar do fãs que estão ajudando em seu tratamento caríssimo Entre eles, Zinedine Zidane e o jornalista Michel Drucker. O ator Alain Delon,enviou o seu veterinário para ajudar.

"Mambo foi vítima duas vezes, abandono e crueldade - disse Virginie Saint-Jean Pocq -Protetora. “ Com sua vontade de viver e de dizer não a morte infame que os rapazes tinham decidido pra ele, acabou se tornando a nova bandeira para a defesa dos direitos dos animais”.

Mambo em recuperação
Mambo em recuperação

Esta é uma vitória, sem precedentes para os grupos de direitos dos animais e os muitos cidadãos franceses que haviam lutado para apoiar sua causa.

Fonte:http://www.corriere.it/animali/09_settembre_16/mambo_cane_bruciato_vivo_abd48bb2-a2b9-11de-a7b6-00144f02aabc.shtml

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sacrifício de vacas na África incita boicote à Copa de 2010

Joanesburgo (África do Sul) - A ideia de líderes tradicionais sul-africanos de realizar sacrifícios de vacas para benzer estádios que receberão jogos na Copa do Mundo de 2010 está desencadeando protestos no país. Pessoas contrárias ao ritual criaram um abaixo-assinado na Internet para incitar boicote às partidas da competição.

"É necessário que uma vaca seja sacrificada para cada estádio. Assim, estaremos convidando nossos ancestrais africanos a estarem com a gente ao longo do evento futebolístico", disse o presidente da Fundação Real Makhonya, Zolani Mkiva, em entrevista ao jornal sul-africano Cape Argus.

O projeto já teria sido encaminhado ao Comitê Organizador, que ainda não se pronunciou a respeito da possibilidade da cerimônia. Ao todo, 10 estádios receberão jogos: Green Point, Durban, Ellis Park, Soccer City, Free State, Port Elizabeth, Mbombela, Peter Mokaba, Royal Bafokeng e Loftus Versfeld.

Os abaixo-assinados online se tornaram uma forma prática de manifestar conceitos e pensamentos pela Internet. As pessoas que aderem aos protestos deixam sua assinatura armazenada sem nenhum custo.

Fonte: http://www.gazetaesportiva.net:80/nota/2009/11/03/607524.html


Nota: Tribuna Animal

O abaixo-assinado contra os sacrifícios pode ser acessado no link abaixo:

http://www.thepetitionsite.com/1/Stop-2010-World-Cup-Animal-Sacrifice


Leia Mais

 Líderes sul-africanos sacrificarão animais em estádios da Copa

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Juíza libera rinha de galo e decisão revolta ambientalistas na Paraíba

A briga de galo voltou a ser liberada na Paraíba. A decisão foi da juíza da 5ª Vara da Fazenda da capital, Maria de Fátima Lúcia Ramalho, por entender que o “galismo” - nome dado à prática – é um esporte milenar e que a Legislação brasileira não traz nenhuma proibição a tal. A decisão revoltou defensores da fauna e flora brasileira, a exemplo da Associação Paraibana Amigos da Natureza (Apan).

A presidente da associação, Socorro Fernandes, disse que a decisão foi vista como um retrocesso. “Não podemos aceitar que esse absurdo seja liberado. Classifico a decisão como falta de humanidade, pois a briga de galo configura crime de maus-tratos a animais silvestres”, destacou. Para a associação, a juíza desprezou a lei ambiental 9.605/98, que proíbe crimes contra a fauna e prevê, além de multa, detenção de seis meses a um ano. A lei se estende aos animais silvestres, nativos, exóticos, domésticos ou domesticados.

Segundo a ambientalista, quem for flagrado em rinha de galo é enquadrado em crime ambiental, que prevê detenção de três meses a um ano. A multa é de R$ 2 mil mais R$ 200 mil por cada animal envolvido. “A maior punição é se um grupo, de três ou mais pessoas, for pego praticando o crime”, disse. Nesse caso, o grupo pode ser autuado por formação de quadrilha. “Apenas pessoas doentes e ambiciosas classificam o crime ambiental como esporte”, declarou.

De acordo com Socorro Fernandes, o sofrimento vivido pelos galos é terrível. Quando completam um ano de idade, o galo já está preparado para a briga e passa pelo trato, que implica cortar as penas do pescoço, coxas e da região abaixo das asas. “O treinamento é cruel, ninguém pode imaginar o sofrimento a que esses animais são submetidos”, lamentou. A luta entre galos dura cerca de uma hora.

“Permitir que a prática da briga de galo ou a prática de galismo é voltar à barbárie”, declarou Socorro Fernandes, acrescentando que a associação vai procurar o Ministério Público, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal. “Pedimos que a população continue denunciando a prática de briga de galos, o que pode ser feito através do telefone 3042-5875. “Não podemos permitir que a falta de sensibilidade e humanidade afetem os animais”, concluiu.

A decisão da juíza foi a resposta de uma ação pela Associação de Criadores e Expositores de Raças Combatentes que teve o objetivo de conseguir liminar que proíba o impedimento do livre exercício do “galismo” por órgãos ambientais. “É que não há no ordenamento juridíco vigente norma que proíba a prática do esporte denominado popularmente briga de galo”, destacou a juíza em seu parecer.

A decisão ainda deve render muita polêmica. O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Ronílson da Paz, disse que o setor jurídico do órgão está analisando a decisão da juíza para tomar as providências necessárias e cabíveis. “A liberação tem de ser analisada minuciosamente, pois pode acontecer da Justiça estadual não ter competência para julgamentos sobre leis federais e interferir nas ações do Ibama”, explicou Ronilson.

Conforme ele, a prática de qualquer atividade na área pode culminar em multas que variam entre R$ 1 mil a R$ 1 milhão. O superintendente lembrou que a rinha de galo, além de configurar delito penal, por maus-tratos a animais, também configura infração ambiental. Segundo Ronílson da Paz, existe uma área, embargada pelo Ibama desde 2008, que servia de palco para rinhas de galo em João Pessoa. A arena das rinhas ficava no bairro do Rangel. No local, o Ibama apreendeu mais de 200 galos que lutavam nas apresentações que aconteciam à noite.

Fonte: http://jornaldaparaiba.globo.com:80/

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Brasília na rota do tráfico de animais

Somente até meados de outubro, número de apreensões cresceu 37% em relação a todo o ano passado. Para especialistas, aumento é provocado pela lei branda contra os acusados. Polícia investiga conexões com o exterior

Fonte: Correio Braziliense - Por: Rodolfo Borges

Ainda faltam dois meses para 2009 acabar, mas a quantidade de apreensões de animais silvestres no Distrito Federal já ultrapassa em mais de mil o número de espécimes apreendidos durante todo o ano passado. Em 2008, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) do DF e as polícias florestal, rodoviária, federal, civil e militar recolheram 2.825 bichos, que seriam vendidos nas cidades do DF ou encaminhados para outras regiões do país. Até a metade deste mês, o número de apreensões — que crescem anualmente desde 2006 (veja quadro) — já havia chegado a 3.885, um acréscimo de 37,5% sobre todo o ano anterior. E, por incrível que pareça, nenhuma pessoa envolvida com o tráfico de animais foi ou será presa.
O aumento progressivo das apreensões está diretamente ligado ao incremento na estrutura de fiscalização e reabilitação dos animais apreendidos na cidade, mas o Ibama-DF admite que o tráfico tem crescido na região, principalmente como consequência da impunidade dos traficantes. Atualmente, a punição para o crime de tráfico de fauna se restringe à aplicação de multas (leia matéria sobre o assunto na página 28). Além disso, Brasília é um bom mercado consumidor para os negociantes de animais. O Ibama estima que 40% dos moradores do DF que saem de férias voltam para casa com bichos comprados irregularmente nas redondezas do estado de Goiás.
Esses animais costumam chegar por rodovias federais, principalmente do Mato Grosso do Sul — de onde vêm aves canoras, de canto bonito — e da Bahia, mas Brasília também está inserida numa rota de tráfico aérea (veja ilustração). Os aviões geralmente partem da Região Norte. “São voos críticos. Não param aqui, mas passam e seguem para o Nordeste”, conta Hugo Américo Schaedler, chefe da Divisão de Gestão e Proteção Ambiental do Ibama-DF. De cidades nordestinas, como Recife, os animais partiriam para o exterior, especialmente a Europa.
Essa suspeita foi reforçada pela prisão de um português e de dois brasileiros que transportavam 452 canários peruanos pela BR-020 na caçamba de uma caminhonete. A apreensão, efetuada em 26 de setembro último no posto da Polícia Rodoviária Federal de Formosa (a 12km do DF), integra uma investigação do Departamento de Atividades Especiais da Polícia Civil do DF, que faz um mapeamento sobre o tráfico de animais na cidade. “Ainda não temos dados concretos, mas passamos o caso para o Ministério Público e, pelo padrão de comportamento e pelo envolvimento de um português, acreditamos que existe, sim, uma rota para o exterior”, diz Schaedler.

Aves

Os dados coletados pelo Ibama de 2004 a 2008 mostram que as aves representam 80% dos animais apreendidos no DF. Os répteis aparecem em segundo lugar, com uma parcela de 14%, seguidos pelos mamíferos, que representam 7% das apreensões. Do Nordeste, o estado da Bahia é a principal fonte de tráfico para a capital federal. A região do Raso da Catarina é rica em papagaios e galos-de-campina, também conhecidos como cardeais.
Quando vêm da Bahia, os traficantes preferem circular pelas rodovias BR-101 e BR-116 — próximas ao litoral — para aproveitar a alta circulação de turistas. Eles também trazem periquitos, jabutis e saguis para o DF. “O tráfico só vende porque há quem compre”, adverte Schaedler. Para ele, Brasília poderia dar exemplo ao resto do Brasil, como fez quando o assunto era respeitar a faixa de pedestres.
Para Dener Giovanini, coordenador-geral da Ong Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), o cenário ainda é ruim, mas está melhor do que parece. “Com o trabalho de conscientização, as pessoas passaram a participar mais ativamente e denunciar”, considera Giovanini. Segundo ele, houve um aumento muito grande na conscientização da sociedade desde o relatório publicado pela Renctas em 2001. “Deixamos de perceber o tráfico de animais como um crime menor”, garante.

Colaborou Adriana Bernardes