Animais estão sofrendo de incontinência urinária e têm que ser carregados para fazerem suas necessidades
Daniela Nucci
Agência Anhangüera
Isabel e as cachorras Bolinha e Estrela
(Foto: Leandro Ferreira/AAN)
Bolinha, nome carinhoso da labradora de 2 anos e meio, e Estrela, mistura de labrador com cocker, de 7 anos, não conseguem mais andar normalmente. Os cães estão com quadro de paralisia desde que foram vacinados contra a raiva, em dezembro, segundo a dona dos animais, Isabel Cristina Ceccatto, de 39 anos.
“Estou extremamente preocupada com eles e com a nossa situação, porque agora temos que carregá-los para fazer as necessidades. Além disso, os dois estão sofrendo de incontinência urinária. Não sei se isso tem haver com a reação da vacina, mas achamos muita coincidência isso acontecer 48h depois da vacinação e com os dois”, disse Isabel.
A coordenadora da vigilância epidemiológica da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) de Campinas, Briginia Kemp, disse que hoje (10/01) vai ser feita uma investigação para avaliar o quadro dos animais e definir se existe uma relação com a imunização antirrábica. Até agora, esse é a único caso suspeito de reação à vacina. “Vamos avaliar se já conhecemos ou não o caso e vamos fazer uma investigação. Se a gente já conhecer o fato, vamos ver o que aconteceu. Vamos entrar em contato com o veterinário particular da família para termos uma avaliação clínica dos animais e descobrir uma causa convincente”, afirmou.
No final do ano passado, foi realizada uma campanha promovida pela Secretaria de Saúde de Campinas para imunizar contra a raiva cães e gatos em Barão Geraldo. A campanha anual de vacinação antirrábica foi suspensa em 2010 pelo Ministério da Saúde devido ao alto índice de reações adversas graves registrado. Mas, devido à grande concentração de morcegos diagnosticados com raiva nos bairros Jardim América, Vila Independência, Santa Izabel e Vila Burato, foi providenciado outro produto e as equipes da Prefeitura vacinaram domiciliarmente os cães e gatos da região.
“Dois dias depois os cachorros começaram a perder os movimentos da parte de trás. Meu marido falou com o veterinário do Centro de Zoonoses explicando o caso e ele disse que a causa não estava ligada à vacina e que os dois apresentavam sintomas de cinomose (uma enfermidade causada por um vírus que afeta os aparelhos respiratório, gastrointestinal, e o sistema nervoso dos animais). Sem solução, procuramos nosso veterinário. Ele deu os primeiros socorros e hoje damos apenas vitaminas, como ele prescreveu. Mas os dois continuam com a dificuldade em andar. Queremos saber da Prefeitura se tem alguma solução ou providência para irmos atrás”, afirmou Isabel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário