quinta-feira, 3 de junho de 2010

Porto Velho/RO: Leishmaniose: inseto transmissor está mais perto do homem

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
03-Jun-2010

PORTO VELHO - A presença de flebotomíneos nas bordas de cidades em expansão, na fronteira agrícola de Rondônia, acendeu o sinal de alerta no Centro de Medicina Tropical do estado (Cemetron). Esses pequenos insetos, que voam curto, quase em saltos, são responsáveis pela transmissão de algumas doenças aos humanos e animais. A principal delas é a leishmaniose. Com o avanço humano sobre áreas silvestres, o inseto se adaptou, trocando a picada em capivaras e alguns roedores pelo sangue de cães e outros animais domésticos.

Os infectologistas ainda não somaram todas as notificações, mas a procura crescente de pessoas contaminadas aos ambulatórios e enfermarias do interior não deixa dúvidas.

- A reemergência da leishmaniose no Brasil está associada às áreas de ocupação recente, onde o homem passou a ficar exposto ao inseto - explica o infectologista Alex Miranda Rodrigues, do Cemetron.

Quem transmite a doença é o inseto fêmea, que nasce saudável e só se contamina após a primeira picada em $que carregam o parasita (Leishmania). Elas transmitem a leishmaniose na segunda picada, quando injetam os protozoários na corrente sanguínea da vítima.

- Ao se adaptarem aos canídeos, os flebotomíneos conseguiram fechar o ciclo em áreas que chamamos peridomicílios. O homem não chega a ser a principal fonte de alimentação, mas a exposição dessas populações ao inseto é inevitável - afirma a infectologista Andréa Barbieri.

Como o tratamento, na primeira contaminação, dura 20 dias, os médicos lamentam o alto índice de abandono, pela impossibilidade de internação de pacientes que chegam de lugares distantes e não têm onde ficar. Embora Rondônia não seja afetada pela forma mais mortal, a visceral, mas pela forma tegumentar, Rodrigues e Andréa lembram que esse tipo, quando não tratado, pode provocar deformidades graves.

Os serviços de saúde combatem a doença com glucantime, chamada "droga medieval": está em uso desde os anos 1940. Rodrigues destaca que os grandes laboratórios não se interessam em produzir drogas para uma doença tropical que atinge populações empobrecidas.

http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/06/03/leishmaniose-inseto-transmissor-esta-mais-perto-do-homem-916780475.asp
A Tribuna Animal, assim como o Projeto Focinhos Gelados e outras entidades de proteção animal vêm alertando desde o ano de 2006 para esse grande problema e as autoridades de saúde ainda não tomaram qualquer providência efetiva. O que estão esperando? a doença se alastrar ainda mais para terem a desculpa para assasinarem milhares de cães com a incompetência e a falácia de que eles são os hospedeiros da doença? Clique no link a seguir e veja um evento ocorrido em 2006 para discutir a leishmaniose: http://www.tribunaanimal.com/leishmaniose.htm

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