domingo, 26 de setembro de 2010

Notícias sobre a manifestação na 29ª Bienal de SP

26-Set-2010

Obra polêmica com urubus dentro da Bienal é alvo de pichação

Do G1, em São Paulo

25/09/2010 20h59 - Atualizado em 26/09/2010 00h58

Autor do trabalho, Nuno Ramos diz que não irá prestar queixa.
Fundação diz 'lamentar e repudiar episódio de vandalismo e violência'

Pichador cortou a rede de proteção da obra, por volta das 18h15, e escreveu 'Liberte os urubu" (sic) (Foto: Filipe Araújo/Agência Estado)

A polêmica obra "Bandeira branca", de Nuno Ramos, com três urubus vivos expostos na 29ª Bienal de São Paulo, foi invadida por pichadores no fim da tarde deste sábado (25), dia de abertura da mostra ao público.

Segundo a assessoria de imprensa da Fundação Bienal de São Paulo, um homem cortou a rede que protege o trabalho e escrevou "liberte os urubu" (sic). Houve discussão com os seguranças e um grupo de oito pessoas - o pichador não estaria nele - foi encaminhado para a 36ª Delegacia de São Paulo, no Paraíso, região central. A confusão fez o evento fechar antes do programado, às 19h. A rede de proteção já foi reparada e os dizeres serão limpos.

Em nota divulgada à noite, a Fundação Bienal de São Paulo lamentou o episódio e disse "repudiar episódios de vandalismo e violência" como o ocorrido. Ramos também afirmou estar profundamente triste com o fato, mas adiantou que não irá prestar queixa contra o pichador. "É um momento cultural triste. Arte é ser vista pelo ponto de vista do outro., a violência é um ponto de vista só. O que me passaram é que os pichadores eram do grupo que estava expondo", disse Ramos ao G1, por telefone.

"Bandeira branca" é composta por três grandes esculturas em formas geométricas, que lembram grandes túmulos. As peças são cercadas por uma tela de proteção que acompanha, de alto a baixo, a rampa e as curvas do prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. No alto de cada uma delas, há poleiros que se parecem com chaminés, de onde as aves raramente saem e onde devem permanecer até 12 de dezembro.

Urubus confinados na instalação 'Bandeira branca', de Nuno Ramos, montanda no prédio da Bienal de SP
(Foto: Daigo Oliva/G1)

Alvo de protestos

Ante mesmo de ser exibida, "Bandeira branca" se tornou alvo de protestos na internet. Um abaixo-assinado contra o trabalho reunia mais de 2.700 assinaturas neste sábado. Durante a manhã, ativistas ambientais protestaram em frente a instalação. Pela tarde, era possível ver cartazes de papel pedindo a soltura das aves.

Em nota, a Fundação Bienal de São Paulo afirmou que "reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão dos artistas e a independência curatorial. A mostra constitui um espaço de livre pensar e de debate, onde artistas e sociedade possam encaminhar temas de relevância como o presente. No entanto, esse debate deve se dar no campo das idéias, dentro dos limites da lei e do respeito".

A fundação também salientou que a obra atende atende a todos os requisitos legais no que se refere ao trato e ao manejo dos animais.

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/09/obra-polemica-com-urubus-dentro-da-bienal-e-alvo-de-pichacao.html

Manifestantes são confundidos com obra em Bienal

Terra
25 de setembro de 2010 • 16h10

Protesto é tido como parte da instalação e alvo de fotos do público visitante
Foto: Ravi Santana/Especial para Terra

RAVI SANTANA
Direto de São Paulo

Logo no primeiro andar da 29ª Bienal de Artes de São Paulo, uma suposta obra chama a atenção de quem está passando. Pessoas vestidas de preto exibem cartazes pedindo liberdade aos urubus. O que parece ser mais uma intervenção, na verdade, é um protesto contra o trabalho de Nuno Ramos, o de maior destaque da edição.

Bandeira Branca, do artista paulistano, fica no lugar mais nobre do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, o vão entre as rampas, podendo ser visto dos três andares. Na obra, três grandes caixas de som tocam canções que mostram que não podemos ficar acomodados, mesmo achando que tudo está bem.

Foi o que fez o grupo de ativistas em defesa dos animais. Com cartazes de protesto nas mãos, eles pedem a libertação dos urubus que também fazem parte de Bandeira Branca. Os animais, liberados pelo Ibama, estão desde segunda-feira (20) expostos como obras de arte vivas.
"Por que não colocam um animal empalhado aí?", diz a ativista Vegana Rosane Guimaraes, pouco antes de um segurança pedir que retirem os cartazes amarrados na grade da obra. "São aves de rapina, eles estão estressados com as caixas de som desligadas, imagina quando ligarem. Deviam colocar um ser humano aí".

Fonte:

http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI4699309-EI3615,00-Manifestantes+sao+confundidos+com+obra+em+Bienal.html#tarticle

Ativista picha obra no primeiro dia da Bienal de SP

EBAND

Sábado, 25 de setembro de 2010 - 20h09 Última atualização, 25/09/2010 - 23h26

O primeiro dia da Bienal de São Paulo terminou em confusão, neste sábado, dia 25. Cerca de 15 ativistas protestaram no local contra a obra "Bandeira Branca", do artista Nuno Ramos, em que três urubus ficam em um viveiro. Um dos ativistas invadiu o espaço, pichou a frase "Liberte os urubu" e acabou detido pela segurança do evento.

O tumulto aconteceu meia hora antes do fechamento das exposições. A informação inicial da polícia é de que houve dano ao patrimônio público no local. Segundo o presidente de uma das ONGs que participava da manifestação, os animais estão sem água e comida.

Com o tema "Há Sempre Um Copo de Mar Para Um Homem Navegar", a 29ª Bienal de São Paulo abriu neste sábado, dia 25, e ficará até o dia 12 de dezembro. O evento fica no Pavilhão Cicillo Matarazzo, no portão 3 do Parque do Ibirapuera.

http://www.band.com.br/entretenimento/cultura/conteudo.asp?ID=100000350351


Polícia detém envolvidos em pichação de obra na Bienal em SP

Terra

25 de setembro de 2010 • 19h19 • atualizado às 20h56


Os pichadores rasgaram a rede de proteção e picharam o interior da obra
Foto: Ravi Santana/Especial para Terra

RAVI SANTANA

Duas pessoas suspeitas de envolvimento na pichação da maior obra da 29ª Bienal de Artes de São Paulo foram levadas pela polícia, após uma discussão com seguranças do evento, no começo da noite deste sábado. Dois dos envolvidos são pichadores que estavam expondo no local. Eles seriam ligados ao mesmo grupo que pichou uma obra da Bienal, em 2008.

O expositor Djan Ivson invadiu o trabalho de Nuno Ramos, o de maior destaque da edição, onde urubus foram presos. O pichador rasgou a rede de proteção e pichou o interior da obra com os dizeres: "Libertem os urubus", no entanto, não conseguiu libertar as aves.

Após o incidente, ele, Rafael Guedes Augustaitiz e sua namorada discutiram com os seguranças do local, até a chegada da polícia, que levou os envolvidos. Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 100 pessoas tentaram invadir a Bienal para libertar as aves expostas na obra Bandeira Branca. Segundo a polícia, os dois mais exaltados foram levados para o 78º Distrito Policial, no Jardim América.

Amigos dos pichadores disseram que eles já estavam planejando a invasão da obra. "Ele já veio ciente de que ia libertar os urubus, porque é a obra mais cara da Bienal e ele não concordava com isso", disse um dos amigos, que se identificou apenas como Pedro.

Neste sábado, um grupo de ativistas em defesa dos animais protestou contra a obra de Ramos. Vestidos de preto, os manifestantes exibiam cartazes pedindo liberdade aos urubus. O trabalho do artista paulistano fica no lugar mais nobre do Pavilhão Ciccillo Matarazzo - o vão entre as rampas, podendo ser visto dos três andares.

A obra intitulada Bandeira Branca exibe as aves presas como obras de arte vivas. O trabalho recebeu autorização do Ibama nesta semana. "Por que não colocam um animal empalhado aí?", disse a ativista vegana Rosane Guimarães, pouco antes de um segurança pedir que retirassem os cartazes amarrados na grade da obra. "São aves de rapina, eles estão estressados com as caixas de som desligadas, imagina quando ligarem. Deviam colocar um ser humano aí".

Fonte:
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4699737-EI5030,00-Policia+detem+envolvidos+em+pichacao+de+obra+na+Bienal+em+SP.html

Grupo invade Bienal de SP, ataca e picha obra

Nuno Ramos s se disse chocado com vandalismo em sua obra ‘Bandeira Branca’; casal de suspeitos foi detido pela PM e o evento reabre hoje

Estadão.com.br

25 de setembro de 2010 | 19h 32
Camila Molina e Márcio Pinho, de O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Não bastassem as obras polêmicas, um tumulto marcou neste sábado, 25, a abertura da 29.ª Bienal, no Parque do Ibirapuera, e provocou seu fechamento pouco antes do horário previsto. Por volta das 18h20, um grupo de 30 pichadores invadiu a instalação Bandeira Branca, de Nuno Ramos, e pichou a frase "liberte os urubu (sic)". Houve confronto entre os seguranças e os manifestantes.

Filipe Araujo/AE
Dos 30 pichadores, apenas 2 foram presos


Um rapaz cortou com estilete a rede que protegia o trabalho do artista e com spray branco escreveu a inscrição em uma das grandes esculturas negras da instalação. A inscrição faz menção direta às três aves que compõem a obra.

O ocorrido causou tumulto no pavilhão, com cenas de agressão protagonizadas tanto pelo corpo de seguranças da mostra quanto de pessoas que estavam no local. A polícia chegou e em meio a protestos, gritos e apitos, levou um casal preso para o 36.º DP. De lá, os dois suspeitos de pichar a instalação iriam para o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, no centro da cidade.

Apesar do episódio, o produtor da Bienal, Emilio Kalil, afirmou que a exposição será aberta normalmente hoje. "Informei o Nuno Ramos e ele vai decidir se mantém ou remove os dizeres", disse Kalil. "Será uma queixa crime e o setor jurídico (da Bienal) vai tomar as providências. Foi vandalismo", afirmou ainda o produtor.

A Fundação Bienal de São Paulo ainda não fez nenhum comunicado oficial sobre o fato. A instituição remendou a rede que protege a obra de Nuno Ramos. A visitação de ontem estava marcada para ser encerrada às 19 horas. Aos poucos, o público foi sendo retirado do prédio.

Protesto

Segundo os manifestantes, o protesto ocorreu por causa da seção "Pichação", que reúne vídeos e fotos de pichadores e seus trabalhos. Para eles, a Bienal teria de mostrar pichações de fato, e não imagens delas. Os manifestantes não explicaram por que escolheram a obra de Nuno Ramos para fazer o protesto. Sua instalação já havia causado polêmica por causa da presença dos três urubus dentro da cerca que envolve a obra.

Ambientalistas e representantes de associações protetoras de animais pediram a retirada da obra alegando que as aves estavam sendo maltratadas, mas a direção da Bienal negou as acusações e manteve a instalação. "Estou chocado e profundamente triste", disse, hoje, Nuno Ramos. "Há muito tempo não via algo assim."

O casal preso negou que tenha pichado a obra, mas não quis dar maiores detalhes. O rapaz apenas entregou um cartão à reportagem onde está escrito "Rafael Pixobomb".

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,duas-pessoas-sao-presas-apos-picharem-obras-na-bienal,615287,0.htm

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