sábado, 2 de outubro de 2010

Ibama dá prazo de 5 dias para Bienal tirar urubus de instalação

02-Out-2010

Órgão admitiu falha ao ter autorizado o uso das aves em obra. Eles voltarão para parque em Sergipe, onde são criados

02 de outubro de 2010 | 0h 00

Viviane Biondo - O Estado de S.Paulo

O protesto de ambientalistas contra a exposição dos três urubus de cabeça amarela que fazem parte da obra Bandeira Branca, do artista plástico Nuno Ramos, na 29.ª Bienal de São Paulo, surtiu efeito. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de São Paulo notificou os responsáveis pela mostra e deu um prazo de cinco dias para que os animais sejam retirados e retornem para o Parque dos Falcões, em Sergipe, onde são criados por José Persílio Costa.

"Admitimos que houve falha de processo", afirmou Gláucia Bispo, coordenadora do núcleo de fauna de Sergipe, onde foi concedida a licença para transporte e exposição dos animais. "Pelo fato de se tratar de animais com registro, não vimos pessoalmente o local para onde eles iriam. Nas fotos mostradas pelo criador, as instalações eram semelhantes às de um recinto em Brasília para onde eles já tinham ido outra vez", explica Gláucia. "Não tivemos problema em voltar atrás. Procuramos avaliar tudo com muito critério, mas não somos livres de falhas."

Em nota, os organizadores da Bienal informaram que a notificação está sendo analisada para que se encontre uma solução que atenda às demandas ambientais e, dentro da lei, concilie com a liberdade de expressão do artista, para preservar a integridade da exposição.

Prejuízos. O artista plástico Nuno Ramos acredita que se trata de argumentação judicial e que a Bienal deve responder. No entanto, adianta que vai acatar a decisão da Justiça, sem comentar sobre possíveis prejuízos para a obra pela falta dos urubus. "Prefiro falar disso depois que eles forem retirados."

De acordo com o Ibama-SE, não há chances de que seja concedida nova permissão para que os animais permaneçam na exposição porque, segundo laudo emitido pela unidade de São Paulo, as instalações são inadequadas pelo seu desenho de acomodação, falta de luz solar e caixas de som.

José Carlos Orlandim, presidente da ONG Animais da Aldeia, comemorou. "Foi uma excelente vitória para proteção animal. Mas estaremos na Bienal distribuindo panfletos até que os animais sejam retirados."

Protesto. Ativistas pelos direitos dos animais marcaram para hoje, às 14 horas, um protesto contra o confinamento das aves na frente da Bienal. Pelo menos cem pessoas são esperadas na manifestação.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618619,0.php


Ibama determina retirada dos urubus da Bienal de SP

Após polêmica, órgão estipula prazo de cinco dias para a devolução das aves

Guss de Lucca, iG São Paulo | 01/10/2010 18:35

Foto: Agência Estado: Dois dos três urubus que integram a obra "Bandeira branca", de Nuno Ramos, na 29ª Bienal de São Paulo

Após causar polêmica na abertura da 29ª Bienal de São Paulo, a obra "Bandeira branca", do artista Nuno Ramos, foi notificada pelo Ibama por causa dos três urubus-de-cabeça-amarela que fazem parte da instalação. O órgão considera o local inadequado para a manutenção dos animais e estipulou um prazo de cinco dias para que as aves sejam devolvidas ao Parque dos Falcões, em Sergipe.

A instalação, uma das maiores desta edição do evento, cerca o vão central do interior do edifício com uma grade e, dentro dela, mantém três esculturas com caixas de som que tocam trechos das canções "Bandeira branca", "Acalanto" e "Carcará" - além dos três urubus.

Para veterinário, questão é mais política do que técnica

A redação do iG conversou com o veterinário William dos Anjos, responsável pela criação dos três urubus no Parque dos Falcões, em Sergipe. Foi ele quem transportou as aves até São Paulo e, no caso de cumprimento da decisão do Ibama, deve voltar para buscá-las.

De acordo com o tratador, a polêmica envolvendo a obra é mais política do que técnica, ilustrando uma disputa que se daria entre o vereador Tripoli (PV-SP) e o artista Nuno Ramos - além de uma dissonância entre o Ibama de Brasília e o de São Paulo.

"As coisas não estão sendo levadas para o lado técnico, mas sim para o político. Enquanto o Ibama de São Paulo pede que façamos adequações, o Ibama de Brasília exige o retorno dos animais para o parque", explica o tratador.

William concorda com alguns desses acertos sugeridos pelo Ibama de São Paulo, como o do distanciamento da grade, mas considera outras exigências descabidas. "Todo local em que animais são exibidos precisa de um afastamento do público, geralmente de um metro e meio, e ali não há. Por outro lado, pediram que água fosse colocada em cima das torres para que os urubus bebessem, só que aves de rapina não bebem água. Nem o Ibama conhece o comportamento das aves - é isso que eu quero mostrar."

O tratador também disse que quer evitar que o Parque dos Falcões se envolva numa disputa política entre o vereador e o artista, e garantiu que acatará a decisão final do órgão. "Até agora só recebi do Ibama a questão da adequação. Mas vamos acatar o que o Ibama decidir. Ele é o órgão regulador e é assim que deve ser feito."

http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/ibama+determina+retirada+dos+urubus+da+bienal+de+sp/n1237789343636.html


Ibama pede retirada de urubus de obra polêmica da 29ª Bienal de São Paulo

01/10/2010 | 18h40min

Argumento é que não há estalaçõess adequadas para as aves

O Ibama pediu nesta sexta-feira que o artista Nuno Ramos retire os três urubus que fazem parte de um obra que ele expõe na 29ª Bienal de São Paulo. Em comunicado, o órgão ambiental explicou que considera as instalações inadequadas para manutenção das aves. Foi estipulado prazo de cinco dias para que os animais sejam devolvidos ao Parque dos Falcões, em Sergipe, de onde foram cedidos.

Protestos

O artista disse ao Portal G1 que não se pronunciaria sobre o pedido do Ibama e que o caso seria resolvido pela Bienal. A presença dos urubus na instalação "Bandeira branca", vem causando polêmica desde antes da abertura oficial da 29ª Bienal. Internautas e grupos defensores dos direitos dos animais chegaram a criar um abaixo-assinado contra a exibição da obra do artista paulista que foi pichada.

Na ocasião, tanto Ramos quanto os organizadores declararam que a presença dos urubus estava "dentro da legislação" e que "o autor possui todas as licenças exigidas pelos órgãos de preservação ambiental para o uso desses animais".

A obra

Montada no vão central do prédio da Bienal, a obra tem três grandes esculturas em formas geométricas que lembram túmulos. As peças são cercadas por uma tela de proteção que acompanha, a rampa e as curvas do prédio de alto a baixo. No alto de cada uma delas há caixas de som que tocam trechos das músicas "Bandeira branca", "Carcará" e "Acalanto". Há também poleiros que se parecem com chaminés, de onde as aves raramente saem.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&section=Geral&newsID=a3060029.htm


Ibama pede retirada de urubus de obra da Bienal; mostra discute solução

01/10/2010 - 18h36

Urubus da obra "Bandeira Branca", de Nuno Ramos, no pavilhão da Bienal

O Ibama, órgão de defesa do meio ambiente, notificou nesta sexta-feira (1º) os responsáveis pelos três urubus da instalação "Bandeira Branca", de Nuno Ramos, pedindo a retirada dos animais da obra que está na 29ª Bienal de São Paulo. O órgão alega que "as instalações estão inadequadas para a manutenção das aves".

Em resposta à notificação, a Bienal disse em um comunicado que tentará, dentro da lei, "preservar a integridade da exposição". O artista Nuno Ramos tinha, até então, licença para a exposição dos pássaros pelo próprio Ibama.

Na notificação, o órgão de defesa ambiental diz que "os animais devem retornar ao seu local de origem em cinco dias. Esse prazo foi concedido considerando que é necessária uma logística para que eles retornem com segurança ao seu habitat".

O local de origem dos urubus é o Parque dos Falcões, na Serra de Itabaiana, a cerca de 56 quilômetros de Aracaju (SE).

A Bienal diz que a notificação do Ibama "está em análise pelo departamento jurídico e pela liderança da Instituição, no sentido de buscar uma solução que atenda as novas demandas dos órgãos ambientais e possa, dentro da lei, conciliá-las com os valores de liberdade de expressão do artista e de independência curatorial, na tentativa de preservar a integridade da exposição."

Na última quarta-feira, foi divulgada a instauração de um inquérito para apurar se os urubus estavam sofrendo maus tratos. A Delegacia do Meio Ambiente pediu ao Instituto de Criminalística que fosse feita perícia dos animais e das condições do local destinado a eles no pavilhão da Bienal.

No último sábado, dia da abertura da Bienal ao público, ativistas protestaram contra a obra, pedindo que o animal fosse solto, e a instalação foi pichada com a frase “Liberte os urubu”. Em entrevista ao UOL, o criador dos animais criticou os protestos dos ativistas.

http://entretenimento.uol.com.br/arte/bienal/ultimas-noticias/2010/10/01/ibama-pede-retirada-de-urubus-de-obra-da-bienal-mostra-discute-solucao.jhtm

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