sábado, 20 de novembro de 2010

Paraná: Ração proibida leva 175 bovinos ao abate

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
20-Nov-2010

Operação tenta prevenir o mal da vaca louca. Animais tinham consumido cama aviária, que pode originar a doença


Técnico fiscaliza rebanho e uso de cama aviária como ração bovina . Produto é proibido por conter proteína animal

A Defesa Sanitária Animal do Paraná revelou ontem que 175 bovinos foram abatidos no estado nas últimas semanas em prevenção ao mal da vaca louca – ou encefalopatia espongiforme bovina, doença degenerativa que torna o animal agressivo e impróprio para a cadeia da carne. A notícia foi lançada em tom preventivo. “Não temos casos dessa doença no Brasil, mas queremos chamar a atenção dos criadores de bovinos e ovinos do estado que é proibido o uso de ração com proteína animal”, disse o diretor de Fiscalização e Sanidade Agropecuária da Secretaria Esta dual da Agricultura (Seab), Marco Antonio Teixeira Pinto.

A maior parte dos animais abatidos (135) estava sendo alimentada com cama aviária em Francisco Beltrão (Sudoeste). Essa cama, formada com materiais como palha de milho para conforto dos frangos, contém ração aviária, com fa rinha de ossos e restos animais não aproveitados no consumo humano. Essa farinha é apontada como causa da doença da vaca louca. Os demais animais abatidos são de Astorga (Norte), conforme a Seab.

Outros 230 bovinos foram interditados na região de Munhoz de Melo (Norte) e Astorga e também devem ser abatidos se comprovada a presença de proteína animal nos cochos fiscalizados. Ao todo, foram vistoriadas 85 propriedades em 34 municípios. As operações envolveram fiscais do estado e do Ministério da Agricultura. Numa das áreas, foram encontrados 12 animais supostamente mortos de fome, conforme a Seab. A cama aviária era usada como opção alimentar barata neste caso.

Os pecuaristas que usavam cama de aviário para alimentar o gado não tiveram seus nomes di vulgados. Eles podem ter de pa gar multas de R$ 500 a R$ 2 milhões, segundo a Defesa Sanitária. A proibição, aprovada em 1996, foi detalhada em 2004 e normatizada em outubro do ano passado.

O pecuarista recebe preço normal pela carne dos animais abatidos. A fiscalização exige, no frigorífico, a incineração de partes que podem originar a doença da vaca louca – encéfalo, olhos, medula espinhal, amídalas, baço e terço final do intestino delgado.

A doença da vaca louca foi identificada na década de 80 na Europa Entre 1987 e 2009, o Reino Unido registrou mais de 180 mil casos. A epidemia valorizou o boi tratado a pasto no mercado internacional e favoreceu o Brasil, que não registraram o problema.


Fonte: JOSÉ ROCHER
da Gazeta do Povo

http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=103565&codDep=6

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