BBC Brasil
Oficiais encontraram coleção que incluía peles de leopardos e rabos de elefantes para a venda em mercados ilegais.
Cabeças de um gorila e de chimpanzés seriam vendidas ilegalmente
Autoridades do Gabão realizaram uma das maiores apreensões já feitas de partes de animais selvagens para o comércio ilegal na África Central, segundo a organização ambientalista World Wildlife Fund (WWF).
Cinco pessoas foram presas em uma operação que confiscou cabeças e mãos de um gorila ameaçado de extinção, além 12 cabeças e 30 mãos de chimpanzés.
A organização pediu uma resposta firme da Justiça do país, para ajudar a coibir o tráfico.
Os animais selvagens da fauna africana são frequentemente caçados por causa da demanda no mercado ilegal de carne e de peles ou do seu uso como amuletos de boa sorte, em juju (magia negra) e na medicina tradicional.
Especialistas dizem que em áreas rurais da África central, a carne de animais selvagens é a fonte de até 80% da proteína na dieta da população.
As florestas tropicais do Gabão são abundantes em espécies como gorilas e elefantes. Um décimo do território do país é formado por parques nacionais de conservação.
A apreensão é uma das maiores já feitas na região central da África
Os itens encontrados na batida incluíam ainda 12 peles de leopardo, parte da pele de um leão, peles de cobra e cinco rabos de elefante.
"A coleção de espécies protegidas que foram confiscadas nesta operação é muito perturbadora", disse o representante do WWF na África David Greer.
"Que eu saiba, não houve uma apreensão de partes do corpo dessa magnitude na Africa Central nos últimos 10 anos."
De acordo com a WWF, os suspeitos devem comparecer ao tribunal nesta semana.
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