Foto - Quioshi Goto
Capivara adulta foi abatida com dois filhotes; munição foi apreendida
Três homens foram detidos, na noite de ontem, depois de serem flagrados praticando caça ilegal nas proximidades de uma represa dentro do Recinto Boi Bravo, localizado às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, a Bauru-Marília. Durante uma patrulha da Polícia Ambiental de Bauru, João Luiz Losnak, 36 anos, Aparecido Pereira da Silva, 37 anos, e João Antônio Barão foram encontrados com três capivaras abatidas, sendo duas delas ainda filhotes.
A quarta pessoa encontrada no local e dono do recinto, Dênnis Mimello Alcântara Marangon, 40 anos, também foi levado ao Plantão Policial, já que em seu escritório foram localizados um silenciador e armas sem apresentação de registro. Ao todo, foram apreendidos duas espingardas, uma pistola 765, um revólver calibre 32, um simulacro de pistola, dezenas de munições e duas fisgas, além do silenciador e aparelhos celulares. Também foram recolhidos seis cães da raça perdigueiro, conhecidos por seu faro aguçado e comumente utilizados para a prática de caça.
Segundo informações prestadas pelos policiais ambientais que participaram da operação, a busca pelos infratores foi desencadeada após o recebimento de uma denúncia anônima. O primeiro a ser detido foi Losnak, que apontou onde estavam Silva e Barão.
Marangon estava na sede do recinto, que fica no quilômetro 355 da Bauru-Marília, e alegou desconhecer a existência do silenciador dentro do imóvel. Aos policiais, afirmou que as armas eram de seu pai e que não sabia onde estavam guardados os registros de todas elas. Mas, no interior do imóvel, a Polícia Ambiental, que contou com apoio da Força Tática e da Patrulha Rural, encontrou fotos de Marangon portando armas e posando com animais silvestres abatidos.
Os quatro homens foram encaminhados ao Plantão Permanente da Polícia Civil, mas até o fechamento desta edição, ainda não tinham sido ouvidos pelo delegado responsável.
Se ficar comprovado que Losnak, Silva e Barão abateram as capivaras, devem ser processados por crime ambiental e, se condenados, podem cumprir pena de 6 meses a um ano de prisão. Marangon também deverá responder inquérito.
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