domingo, 3 de outubro de 2010

Maringá/PR: Universidade vai monitorar população de cães e gatos

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
03-Out-2010
Vanda Munhoz

Ricardo Lopes
O professor Ozório com Leão, um fila, e a 'acompanhante anônima" dele, que foi castrada depois de uma cria; o casal vive na garagem do campus. - Foto: Ricardo Lopes
O professor Ozório com Leão, um fila, e a 'acompanhante anônima" dele, que foi castrada; o casal vive na garagem do campus

Os cães e gatos que vivem soltos no câmpus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) serão alvos do Programa de Controle de População de Animais, que está sendo viabilizado pelo Departamento de Serviços de Manutenção (DSM). Além encaminhar os animais domésticos para adoção, a instituição promete um trabalho de conscientização para proteger os animais silvestres que também escolheram a universidade para morar.

Gambás, corujas e aves, entre outros, fazem parte desse cenário. O professor Ozório Kunio Matsuda, do Departamento de Administração, recentemente nomeado coordenador do programa, estima em cerca de cinquenta, o número de cães que disputam o espaço do campus com os acadêmicos.

Sobre a população de felinos, ele diz que não tem como prever. "É que os gatos se escondem, fazem ninhos nos boeiros, nos forros de alguns departamentos, são quase 'invisíveis', mas calculo que o número seja bem maior que o de cães", analisa.

Ele explica que o programa busca resolver diversos problemas criados pelos animais nas dependências da Universidade. "Há casos em que os cachorros invadem laboratórios de pesquisas, causando risco de contaminação", observa. Além disso, destaca o professor, há a questão de humanidade.

"Muitos desses animais são soltos aqui. As cadelas criam e os donos colocam os filhotes dentro de uma caixa e deixam aqui. Eles ficam sofrendo e causam dó. Há animais maltratados que precisamos levar para o atendimento veterinário. Em outras situações, os animais já nasceram aqui e continuam se procriando", observa.

Matsuda ressalta que, em nenhum momento, pensou-se em sacrificar gatos e cachorros. "O programa tem o objetivo de encaminhar esses animais para adoção. Em agosto, conseguimos que dez ou onze cães fossem adotados nas feiras promovidas por Ongs da cidade".

Ele declara ainda que, além da adoção, o programa pretende buscar parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de Maringá. "O grande objetivo é evitar o maltrato. Aqui na UEM, há quem compreenda a situação dos animais, mas há também quem não goste", completa.

Matsuda, além de descartar o sacrifício, afirma que os animais não serão encaminhados ao Biotério. "Lá são criados os ratos de laboratório. Não são utilizados cães e gatos até mesmo por uma questão legal. A lei não permite", argumenta.

O programa, segundo Matsuda, está em fase de elaboração e terá cerca de 15 funcionários, além de aceitar voluntários. Por enquanto, não há uma data prevista para o começo. "O objetivo é encaminhar os animais e conscientizar as pessoas para que não os abandonem", acrescenta.

Área

53 é o número de alqueires ocupados pela estrutura da UEM, inclusive o HU.

http://www.odiario.com/maringa/noticia/350284/universidade-vai-monitorar-populacao-de-caes-e-gatos.html

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