Com informações da CVS
MACAPÁ - A Coordenação de Vigilância em Saúde do Amapá (CVS) divulgou nota técnica de relevância do Ministério da Saúde sobre a interrupção da vacinação antirrábica em cães e gatos em todo território nocional. A decisão se deu pelo fato da vacina RAI-PET, do Laboratório Bio-Vet, apresentar uma série de eventos adversos nos animais.
O Ministério da Saúde (MS) detectou sintomas como paralisia, broncopneumonia, hemorragia retal e óbitos em 0, 0022% dos animais vacinados em todo o território nacional. Dados do órgão apontam que foram imunizados no país 4.758.197 cães e gatos com notificação de 86 mortes. Apesar do número irrisório, os cuidados são necessários por tratar-se de questão relacionada à saúde pública. A medida paliativa adotada foi disponibilizar três milhões de doses fabricadas por outro laboratório.
Novas vacinas
As novas vacinas serão enviadas apenas para os estados onde existem casos confirmados nos últimos três anos de raiva animal em área urbana. Essa, segundo o coordenador do Controle de Zoonoses do Estado, Renato Ribeiro, não é a situação do Amapá. O coordenador afirma que não há registro de incidência no Estado de raiva humana desde 1991, canina e felina desde 1986.
“Nós utilizamos duas mil doses de RAI-PET em julho de 2010, durante a última campanha estadual e não recebemos nenhuma notificação de reações adversas nos animais”, informa.
A vacina RAI-PET foi adotada em todo o Brasil no ano passado. A decisão de suspendê-la desde 20 de agosto de 2010 é por tempo indeterminado. Cerca de 80% da população de cães e gatos no Amapá foi imunizada na campanha passada, número considerado satisfatório pelos técnicos para o controle da doença. Ainda não há previsão de novas ações de vacinação. O Estado aguarda determinações do Ministério da Saúde para dar seguimento junto aos municípios.
Renato Ribeiro afirma que não há motivo para alarme, pois a raiva está plenamente controlada. Mas as pessoas que puderem podem procurar vacinas em clínicas especializadas. Outras providências estão sendo tomadas para que a doença permaneça controlada no país. A coordenação do Programa de Profilaxia da Raiva e Controle de Zoonoses da Divisão de Epidemiologia, da Coordenação de Vigilância em Saúde, faz monitoramentos permanentes de controle da doença. (JK)
http://portalamazonia.globo.com/pscript/noticias/noticias.php?idN=117745
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