Redação Portal IMPRENSA
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), a TV Record orientou sua equipe de Jornalismo e produção a não exibir imagens de abates de animais. O pedido se refere a uma reportagem da emissora, de novembro de 2007, que mostrou o abate de uma tartaruga como parte de uma receita culinária.
A reportagem de 21 minutos, exibida no "Programa da Tarde", abordava os hábitos alimentares de japoneses. Em um trecho reproduzido de uma emissora do Japão, a Record veiculou imagens de um chef de cozinha abatendo uma tartaruga com um golpe de faca; bebendo um drink misto de saquê e sangue do animal; e ensinando uma receita de sopa de tartaruga.
No entendimento do MPF-SP, ao exibir a reportagem "como curiosidade culinária, sem os devidos cuidados para evitar o estresse e dor física, transmitem a ideia de que essa prática seria aceita pela sociedade brasileira".
De autoria da procuradora da República Adriana Zawada Melo, a recomendação lembra que o Brasil "é signatário da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da Unesco, editada em 1978, que prevê que devem ser proibidas no cinema e na televisão cenas de violência de que os animais são vítimas", informa a assessoria de comunicação da Procuradoria de São Paulo.
A determinação da Unesco admite exceção apenas em casos em que a exibição tenha como objetivo denunciar afronta aos direitos do animal.
Além de instar a emissora a não repetir o feito, o MPF-SP consultou o Ibama para que a Record fosse autuada, mas o órgão afirmou que o animal abatido na reportagem não fazia parte da fauna brasileira.
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/11/30/imprensa39576.shtml
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