sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Votação do veto que proíbe o uso de animais em rituais religiosos em Piracicaba/SP

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
03-Dez-2010

Análise do veto Câmara terá uma reunião muito concorrida, nesta segunda

LUCIANA CARNEVALE
Da Gazeta de Piracicaba

O votação do veto assinado pelo prefeito Barjas Negri (PSDB) ao projeto do vereador Laércio Trevisan Júnior (PR), que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos, está confirmada para acontecer nesta segunda-feira (6), a partir das 19h30. Os trabalhos serão realizados durante reunião ordinária que promete ser uma das mais concorridas, movimentadas e polêmicas de 2010. Os quase 50 lugares reservados ao público, nas galerias do plenário, tendem a ser poucos para tanta gente que deverá comparecer. A expectativa é de que representantes de entidades, organizações não-governamentais, associações, líderes religiosos e membros do Poder Executivo, sem contar todos os vereadores, participem da reunião. Não há perspectiva quanto ao término do evento. Dois detalhes, entretanto, são relevantes.

O primeiro é que, mais do que analisar o veto sob o ponto de vista legal, jurídico ou constitucional, a linha de raciocínio dos parlamentares deve pender para a questão religiosa. Outro dado diz respeito à pauta de matérias listadas para a sessão de segunda-feira, e também para as demais que aconteçam a partir dessa data. Enquanto o veto não for analisado, a Ordem do Dia fica 'trancada'.

Mais ou menos como funciona no Congresso Nacional, quando da votação de uma Medida Provisória ou de outra propositura. Como o veto tem urgência de votação, até porque muda projeto que foi aprovado pela Câmara, a tramitação é distinta de outros textos. Na prática, significa dizer que se o veto do prefeito não for acatado ou rejeitado nesta segunda, todas as demais matérias relacionadas terão de aguardar essa votação para fluírem normalmente.

No Legislativo, não há o entendimento de que o veto vai ser adiado. Até porque, a repercussão que o assunto ganhou, nos últimos dias, dá sinais de que o tema tem de ser consolidado ainda em 2010, sob pena de os vereadores, ainda que indiretamente, serem prejudicados politicamente. Isso porque a cobrança da população por conta do projeto contra o sacrifício já é e vai continuar a ser intensa, se nada for feito.

DECISIVO. A análise de que os vereadores poderão priorizar o lado religioso acima dos 'dogmas' políticos é explicada pelo fato de o projeto ser ousado, inédito na cidade e região, e sem meios-termos. Laércio Trevisan Júnior disse à Gazeta, esta semana, que seis vereadores já teriam garantido o voto contra ao veto e que não há como fugir de um posicionamento.

NÚMERO

1.740 e-mails foram encaminhados ao gabinete de Trevisan Júnior

http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1718923&area=26050&authent=4D014307E434033C407413F745420B

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