Vereador se articula Após receber mais de mil e-mails contra a manifestação do Executivo, Trevisan tenta convencer as bancadas
LUCIANA CARNEVALE
Da Gazeta de Piracicaba
De olho na análise do veto assinado pelo prefeito Barjas Negri (PSDB) ao projeto, protocolado em abril deste ano, que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos, o vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) se movimenta em ritmo frenético. A votação do veto está marcada para acontecer nesta segunda-feira (6), a partir das 19h30, durante reunião ordinária. A sessão tende a ser uma das mais assistidas, por piracicabanos.
Ontem (30), Trevisan disse à Gazeta que cinco vereadores teriam dado a ele a garantia de que votarão contra o veto. Citou nomes dos parlamentares: Bruno Prata (PSDB); Ary Pedroso Júnior (PDT); José Pedro Leite da Silva (PR); Walter Ferreira da Silva (PPS), o Pira; José Antônio Fernandes Paiva (PT). Ao todo, são seis vereadores contrários ao veto, (olho neles - T.A.) ainda de acordo com Laércio Trevisan Júnior, incluindo o seu próprio voto à propositura. Os vereadores mencionados por Trevisan não confirmaram textualmente os votos, mas o parlamentar fez questão de deixar claro que soube do posicionamento de todos em conversas diretas, e após discursos proferidos na tribuna da Câmara.
Para que o veto caia, são necessários nove votos. A tática de Trevisan para arregimentar os votos dos quais precisa se resume no convencimento.
MENSAGENS. Entre um calhamaço e outro de papeis - desde que o veto foi protocolado, o vereador contabilizou o recebimento de 1.740 mensagens de e-mail, vindas, segundo ele, de diversos lugares do Brasil e do mundo,Trevisan pondera que a justificativa do Executivo para vetar seu projeto ‘é inócua, sem sentido’.
A maior ‘arma’ de Trevisan contra o veto, que tem sido apresentada aos demais vereadores, é o parecer contrário à opinião do Executivo, exarado pela comissão de Justiça da Câmara.
“Entendo, com base em leis federais, no Código de Posturas e até mesmo na Constituição, que a liberdade de culto, de religião, termina quando há o sacrifício. Não queremos dar brechas para nenhum tipo de exceção’, salienta o vereador. O embate promete perdurar até a análise do veto, com Trevisan ocupando a tribuna e fazendo um apelo: ‘não há meio-termo para um projeto que trata sobre a crueldade aos animais. Ou se é contra a crueldade ou a favor. Simples assim’, dispara.
NÚMERO
19h30 é quando começa a reunião ordinária da próxima segunda.
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