Entenda o significado do 'Ano do Coelho'
- Os asiáticos acreditam que alimentar um coelho em seu ano pode trazer mais sorte, amor e tudo mais. As pessoas estão enlouquecidas querendo comprar coelhos, principalmente os menores e mais raros - afirma o empresário Piyalak Sariya, dono de uma fazenda de coelhos na Tailândia.
Com medo do aumento do abandono em templos e parques, a Peta, organização sem fins lucrativos que defende os direitos dos animais, armou um protesto na China. Ashley Fruno, representante da Ong no país, alerta que a maioria das pessoas não faz ideia que esses bichos precisam de muito mais cuidados que cães ou gatos.
- Eles não podem ficar o tempo todo em gaiolas. Os coelhos ficam doentes, precisam de cuidados especiais e dão muito trabalho. Eles vivem em média 12 anos e precisam de espaço para passear. Como são frágeis, costumam ter doenças degenerativas e câncer.
Ashley afirma que a Peta quer evitar que aconteça com os coelhos o mesmo que aconteceu com os dálmatas, após os filmes da Disney, e o peixe palhaço, com o lançamento do desenho 'Procurando Nemo'.
A preocupação da Ong é tanta que ela recrutou a atriz chinesa Gong Li para convencer a população que amuletos como os pés ou os olhos do coelho são cafonas. Segundo a organização, a procura crescente por coelhos aumenta a criação dos animais em condições precárias.
O 'Ano do Coelho' também deixou a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) em alerta. De acordo com dados da instituição, um em cada quatro espécies de coelho está ameaçada por causa da ação do homem no meio ambiente.
Em relatório divulgado no início do ano, a IUCN pediu que a população se conscientize sobre os maus tratos em coelhos. Além de serem um dos alvos preferidos dos caçadores, os coelhos em cativeiro costumam morrer de forma dolorosa, geralmente com choques ou por enforcamento, para preservar a integridade do pelo.
- A queda no número de algumas espécies de coelho está sendo dramática. Em algumas regiões, como no nordeste da China, os animais praticamente não existem mais - afirma Andrew Smith, diretor da IUCN.
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