Desde 2009, Ministério Público instaurou pelo menos 200 procedimentos contra autores dos crimes
A qualquer hora, cães, gatos, cavalos e galos, entre tantos bichos, aparecem mortos ou mutilados nas ruas de Caxias do Sul e outras cidades da Serra. Quase sempre, o autor é o dono ou alguém que age sem ser identificado.
Diariamente, pelo menos um caso com requintes de crueldade chega ao conhecimento das autoridades da Serra. Caxias, por ser a maior cidade da região, responde por um terço das ocorrências contra animais, todas consideradas crimes ambientais. A maldade, ignorada por muitas pessoas, seria apenas um dos reflexos da banalização da violência urbana.
Para muitos defensores dos direitos dos animais, o homem reproduz contra os bichos a mesma fúria e abandono que deixa aflorar com cada vez mais intensidade contra seus semelhantes. De janeiro de 2009 a julho de 2010, o Ministério Público (MP) de Caxias instaurou cerca de 200 procedimentos para apurar denúncias de maus-tratos com autores identificados. Uma média de 10 crimes por mês.
A Associação Riograndense de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais (ARPA), que atende outras 41 cidades da região, registra seis casos toda a semana.
— Quando um cão late no vizinho ou entra na propriedade alheia muitas pessoas não gostam e matam, machucam. Quem age assim é porque não gosta mesmo de animais, age por maldade — analisa o fiscal da Arpa, Jorge Acco.
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