sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Campinas/SP: ação social do PAC promove castração de 1,2 mil animais

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
17-Set-2010

Região do Aeroporto de Viracopos será beneficiada

Delma Medeiros
DA AGÊNCIA ANHANGUERA

 Ação social incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Ministério das Cidades, está beneficiando a população da região do Aeroporto Internacional de Viracopos com um projeto de castração de animais. Passarão pela cirurgia 1,2 mil animais de moradores dos bairros já contemplados com outras melhorias estruturais. Iniciado dia 1º de setembro, o projeto já castrou 86 animais e pretende concluir a meta em seis meses.

A coordenadora administrativa do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que desenvolveu o projeto junto com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Adriana Carla Monteiro Beraldo, explicou que o cadastro dos animais está sendo feito por uma equipe em visitas de casa em casa, e já contabilizou 700 animais. “A ação inclui também educação sobre posse responsável e informações sobre os benefícios da castração”, disse Adriana. No cadastramento é feito o agendamento para a cirurgia. Uma empresa terceirizada, contratada via licitação, se encarrega de buscar os animais nos bairros, levar ao CCZ para a cirurgia e devolver aos donos. “Trata-se de um projeto feito com verbas do PAC. Para outras ações do tipo, teremos que incluir novos projetos”, disse Adriana.

Em paralelo, a Secretaria de Saúde está finalizando um processo de seleção e contratação de clínicas veterinárias aptas a integrar outro projeto de castração, incluído no Plano de Ações e Metas (PAM) da Prefeitura de Campinas para o biênio 2009/2010. Para esta ação, foi destinada verba de R$ 140 mil, que permitirá a castração de mais 1 mil animais. “Isso é bem pouco no universo de animais do município. Precisamos de uma política específica de castração. Mas isso implica num trabalho intersetorial, já que não há linha de financiamento para esta ação pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a diretora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Maria Filomena Gouveia Vilela. Segundo ela, o descontrole da população animal é um problema de saúde, “mas não exclusivo. Envolve também outros setores do poder público e da sociedade”, afirmou.

Conselho

Para Filomena, um avanço nesta questão foi a criação, em 2004, do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CMPDA). “O conselho foi constituído de fato em 2008, e é o principal fórum de discussão para a implantação de uma política voltada à proteção, castração e controle da população animal.”

Os protetores também consideram que as iniciativas são um avanço, mas insuficientes. “Falta vontade do Executivo de implantar um programa contínuo de castração”, afirmou a protetora Miriane Almeida Fernandes, que já integrou o Instituto de Valorização da Vida Animal (IVVA). Ela destacou que as iniciativas do PAC (verba federal) e do PAM (municipal) foram da Secretaria de Saúde. Miriane participou da elaboração da cartilha que é distribuída à população atendida pelo PAC. Segundo Miriane, para ter um reflexo significativo, seria necessário realizar pelo menos 2 mil castrações anuais, continuamente.

O NÚMERO

250 MIL é a estimativa da população canina em Campinas, dos quais, 20 mil vivem em situação de abandono.

http://cpopular.cosmo.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1706705&area=2020&authent=053165025114522713472073367005

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