segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eutanásia em baleia franca pode ser feita nesta terça em SC

13-Set-2010

Corpo técnico aguarda chegada de medicamentos.
Baleia resistiu ao primeiro procedimento, mas continua com sinais vitais fracos.

Do G1, em São Paulo

Atrito com a areia provoca sangramento na pele da baleia que continua com sinais vitais fracos (Foto: Divulgação/ Projeto Baleia Franca-Brasil)

A baleia franca encalhada em uma praia em Laguna, litoral sul de Santa Catarina, desde o dia 7 de setembro, vai passar por um novo procedimento de eutanásia, que poderá ser realizado nesta terça-feira (8). Depois de resistir ao primeiro procedimento, na sexta-feira (10), o animal vai receber uma nova injeção com outros tipos de medicamentos.

Um grupo de trabalho formado por médicos, veterinários e representantes de instituições se reuniu, na manhã desta segunda-feira (13), para definir a realização da nova eutanásia. Segundo a assessoria do Projeto Baleia Franca, mais uma vez, o procedimento vai requerer uma alta dosagem de medicamentos, porém de outros tipos, para que possam surtir os efeitos esperados.

A equipe discutiu, durante a reunião, a logística para adquirir as medicações, já que vai ser preciso uma grande quantidade. Para isso, informou a assessoria, vai ser necessário entrar em contato com fornecedores que estão em diferentes regiões do estado.

O objetivo, segundo a assessoria, é conseguir os medicamentos até o início da manhã desta terça (14), para que o procedimento seja realizado no mesmo dia.

Desde a sexta-feira (10), quando a baleia resistiu à primeira eutanásia, ela se encontra com os mesmos sinais vitais de baixa frequência respiratória e pouco reflexo na pálpebra do olho direito. Segundo a assessoria, como o estado do animal permaneceu inalterado durante o fim de semana, e não se sabe até quando ele pode durar com este quadro, devido à estabilidade dos sinais, o corpo técnico optou por outro procedimento de eutanásia.

No sábado (11), a pele da baleia começou a sangrar devido ao atrito com o mar.

A baleia franca encalhou no dia 7 de setembro na praia de Itapirubá, no litoral sul de Santa Catarina. O animal de 15 metros e com cerca de 40 toneladas, foi encontrado por pescadores da região que acionaram a Polícia Ambiental.

As tentativas de resgate com embarcações não tiveram sucesso. A debilidade da baleia e os riscos tanto para o animal como para as embarcações, durante o resgate, impossibilitaram o desencalhe. Na última quinta feira (9), o resgate foi descartado pelos especialistas, e o mamífero entrou em estado de choque (baixa frequência respiratória e poucos reflexos).

http://tribunaanimal.org/administrator/index2.php?option=com_content


Baleia franca completa uma semana encalhada em Laguna, no Sul de Santa Catarina

Resistência surpreende especialistas

Francine Cadore

Nesta segunda-feira completa uma semana que a baleia franca encalhou na praia de Itapirubá, em Laguna, no Sul de Santa Catarina. O cetáceo de quase 50 toneladas continua vivo e preso à areia, mesmo após uma tentativa de sacrifício por meio da aplicação de medicamentos sedativos e relaxantes.

A resistência da baleia surpreende as expectativas do grupo de especialistas que monitora as condições de vida do animal. A baleia entrou em estado de choque na quinta-feira e ainda mantém sinais vitais — baixa frequência respiratória e dilatação na pálpebra do olho direito.

De acordo com a diretora de pesquisa do projeto Baleia Franca, Karina Groch, clinicamente, a baleia já deveria estar morta. O encalhe deve ter ocorrido porque o animal já estava doente e a falta de condições adequadas para sobrevivência aumentou ainda mais a debilidade no decorrer da semana. A parte mais comprometida, segundo a especialista, é a região ventral, enterrada na areia. Karina destaca que a baleia protagoniza um cenário sem precedentes de encalhes da espécie.

— A sobrevivência por tanto tempo até nos faz pensar em uma situação de milagre. A missão de salvá-la é extremamente desafiadora — afirma Karina.

No domingo, os especialistas decidiram que praticariam novamente o procedimento da eutanásia. O grupo estuda medicamentos mais potentes e eficazes para abreviar o sofrimento da baleia.

Amostras de sangue devem ser coletadas no decorrer desta segunda-feira.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&section=Geral&newsID=a3038318.htm


Baleia franca encalhada em Santa Catarina passa por novo procedimento de eutanásia

Anderson Hartmann, O Globo

A baleia franca encalhada na Praia de Itapirubá Sul, no Litoral Sul de Santa Catarina, vai passar por novo procedimento de eutanásia nos próximos dias. O animal, de 15,8 metros de comprimento e idade estimada entre 2 e 7 anos, já havia recebido, na sexta-feira, a primeira aplicação de sedativos e relaxantes, sem efeito. A baleia está encalhada desde a última terça-feira.

- Até agora ela não morreu. Os sinais vitais são de estado moribundo. Não se sabe se a baleia está consciente ou se está sofrendo - conta Michele Cardoso, da assessoria de comunicação do Projeto Baleia Franca (PBF)

Segundo o PBF, na segunda eutanásia, o animal receberá outro tipo de medicamentos, em alta dosagem.

- Os esforços estão concentrados na viabilidade deste novo procedimento, que mais uma vez exige altas dosagens de medicamentos. Nosso objetivo é efetivar a eutanásia o mais breve possível - declarou a diretora de Pesquisa do PBF, Karina Groch.

Por três dias biólogos e pesquisadores tentaram rebocar o animal de volta ao mar. Na quinta-feira, no entanto, um laudo técnico da Marinha considerou o resgate extremamente arriscado, pois a operação poderia causar lesões irreversíveis no animal. O encalhe, segundo o PBF, ocorreu em um período de ondulações grandes nas praias e em uma região de temperaturas baixas.

- A baleia encalhou em um local cujo ambiente é frio e confortável para o sistema e organismo dela, o que dificulta sua morte - conta Michele.

Segundo pesquisadoras do projeto, baleias com mais de 10 metros que encalham vivas apresentam maior resistência e podem levar mais de quatro dias até que ocorra a morte natural.

- Como mamífero, ela pode respirar fora d´água. Além disso, como ela se alimenta no Pólo Sul e vem para cá alimentada o suficiente para ficar até uns 3 meses sem comer. Ou seja, tem gordura suficiente para metabolizar e se hidratar - diz Michele.

http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/09/13/baleia-franca-encalhada-em-santa-catarina-passa-por-novo-procedimento-de-eutanasia-917614597.asp

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