George Brito l A TARDE
Gildo Lima/Agência A TARDE
Proprietários dos animais foram conduzidos à Delegacia de Periperi para depor
A polícia estourou na manhã deste sábado, 23, duas rinhas de galo nos bairros de Periperi e Alto de Coutos. Pelo menos 19 pessoas foram conduzidas à delegacia e 52 aves foram apreendidas na operação realizada pela 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), com apoio da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) e policiais da 14ª CIPM.
A partir de denúncias anônimas, a polícia chegou por volta da 10h a uma casa na rua Muniz Travassos, em Alto de Coutos e flagrou as brigas de galo, realizadas no quintal da residência. O imóvel é do eletricista aposentado Deraldo Freitas Alves, 64. Ele e outros 18 homens presentes foram autuados em flagrante por crime ambiental de maus tratos, previsto na lei federal 9.605/98, artigo 32. Na casa, havia 37 animais.
Eles prestaram depoimento na 5ª Circunscrição Policial (Delegacia de Periperi). Foram ouvidos e responderão em liberdade a termo circunstanciado. Um hora depois, a polícia encontrou mais 15 aves em uma residência na 1ª Travessa do Sudão, em Periperi. O dono do imóvel é o auxiliar de serviços gerais Valdir Soares, 39.
Segundo o capitão José Augusto, da 18ª CIPM, todos os animais ficarão sob cuidados de um dos proprietários dos galos, provavelmente um dos donos dos imóveis, que será o fiel depositário, até a finalização do processo.
Deraldo e Valdir alegaram que criam galos desde criança. “Vou ter que parar, já que não é certo”, afirmou Deraldo. Valdir contou que cria 30 galos em sua casa, e gasta uma média de R$ 150 mensais para cuidar dos bichos. As apostas, dizem, giram em torno de R$ 5 a R$ 10, ou até mesmo uma cerveja com os amigos.
Já o soldador Adilson Figueiredo, 57, afirma que a briga de galo é o único lazer que hoje ele pode desfrutar. “Eles naturalmente já brigam entre si, desde pintos. É só soltar que eles brigam”, disse.
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