O Governo da Guiné-Bissau decretou a proibição total do abate de primatas e animais de grande porte, disse hoje à agência Lusa o diretor-geral da Floresta e Caça, Malam Cassamá.
Segundo aquele responsável, a medida visa controlar, por um lado, a diminuição da população dessas espécies animais em vias de extinção na Guiné-Bissau, e, por outro, ir ao encontro das convenções internacionais assinadas pelo país.
Entre os animais abrangidos pela decisão figuram o macaco (de todas as espécies), o hipopótamo, a onça, o búfalo e o leão.
"Desde o mês de janeiro está proibida a caça e venda de qualquer peça desses animais. Quem for apanhado a caçar ou a vender, mesmo que seja o dente ou o pelo, de um desses animais terá que ser processado criminalmente", afirmou o diretor-geral da Floresta e Caça.
Em relação à madeira, Malam Cassamá explicou que o Governo "viu-se obrigado" a tomar a medida da proibição da exportação da tora como forma de travar a desflorestação e "envio da mais-valia para fora do país".
"Quando a madeira é exportada do nosso país para o estrangeiro está-se a enviar a mais-valia que esse recurso poderia gerar para o Orçamento" da Guiné-Bissau, defendeu Cassamá.
É intenção do Governo guineense incentivar a transformação local da madeira.
A madeira da Guiné-Bissau é exportada em toro para Cabo Verde, Portugal, Espanha, China e Índia, especificou o diretor-geral.
De acordo com Malam Cassamá, por ano a Guiné-Bissau exporta entre dois a três mil metros cúbicos de madeira em tora.
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