Após três anos fechado em razão da grande infestação carrapatos estrela, a Prefeitura de Campinas decidiu reabrir o parque
Milene Moreto
Ambientalistas questionam riscos para a população e protestam contra a morte das capivaras - (Foto: Leandro Ferreira/AAN)
Após três anos fechado em razão da grande infestação carrapatos estrela e também da morte de um funcionário, a Prefeitura de Campinas decidiu reabrir o Lago do Café, no bairro Taquaral. O anúncio do Executivo será feito na próxima segunda-feira (21/02) quando também haverá um posição definitiva sobre o destino das 15 capivaras que estão no local. Antes mesmo de ter os portões abertos, os ambientalistas já questionam os riscos para a população e novamente protestaram contra a morte das capivaras. 'A Prefeitura quer matar as capivaras porque afirma que elas estão contaminadas. Se isso realmente for verdade, a reabertura do local pode implicar em riscos para a população. Depois da retirada do carrapato é preciso esperar de três a quatro anos para liberar o local ao público' , disse o presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos animais de Campinas, Flávio Lamas. O Executivo não adiantou quais serão as medidas adotadas e prazo para que o parque seja reaberto.
Depois de uma autorização emitida pelo Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) a Prefeitura de Campinas decidiu sacrificar cerca de 15 capivaras que foram confinadas no Lago do Café, no final de 2009. O estopim para o confinamento ocorreu quando um trabalhador do parque morreu vítima de febre maculosa. O sacrifício dos animais foi descartado pelo Executivo após o protesto dos ambientalistas.
Em reunião do conselho realizado nesta sexta (18/02) na Câmara de Campinas, os ambientalistas criticaram a postura da Prefeitura, de não abrir um diálogo para discutir o problema do carrapato e das capivaras na cidade e de tomar atitudes arbitrárias determinando o abate dos 15 animais que hoje estão no Lago do Café. Segundo Lamas, as capivaras estão confinadas em um espaço de dois mil metros quadrados do total de 330 mil metros quadrados do parque. 'Elas estão em apenas um trecho da área, o que corresponde a 0,65% do total. Isso comprova que as capivaras não são vilãs' , afirmou.
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