Tóquio, 15 fev (EFE).- Dois ativistas japoneses da organização ecologista Greenpeace se declararam hoje inocentes no início do julgamento ao qual são submetidos em Aomori (nordeste do Japão) por roubo de carne de baleia.
O fato ocorreu em abril de 2008, quando Junichi Sato, coordenador do Greenpeace Japão, e Toru Suzuki se apoderaram de uma caixa com 23 quilos de carne do animal, caçado pelo baleeiro Nissin Maru, com a intenção de demonstrar sua venda ilegal.
A carne, que foi avaliada em 59 mil ienes (US$ 660), estava em um armazém da companhia transportadora Seino Transportation em Aomori e, segundo os fiscais, ia ser enviada à tripulação do Nissin Maru "como presente".
O Greenpeace pretendia demonstrar que essa carne de baleia, que teoricamente é caçada pelos navios japoneses com objetivos científicos, é muitas vezes utilizada para o consumo.
Durante a primeira audiência de seu julgamento em Aomori, Sato se declarou inocente das acusações de roubo.
"Foi uma tentativa de fazer pública a venda ilegal de carne de baleia. A carne não foi obtida para consumo privado nem para a revenda", indicou Sato, de 33 anos.
Sato e Suzuki garantem que atuaram dessa forma com o objetivo de acusar 12 tripulantes do baleeiro Nissin Maru de contrabando de carne de baleia, após a campanha de caça dos animais no Oceano Antártico, patrocinada pelo Governo japonês.
O Greenpeace assegura que "Os dois de Tóquio", como chama seus ativistas, foram mantidos sob custódia policial durante 23 dias após serem detidos e critica a possibilidade de ser condenados até a 10 anos de prisão.
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