Dois flagrantes de crime ambiental no mesmo dia e na mesma cidade. Na terça-feira, a Polícia Militar e a Polícia Ambiental fizeram a apreensão de uma carga irregular de pinhão e de sete pássaros silvestres em São Joaquim.
Quatro pessoas foram responsabilizadas, serão multadas e processadas judicialmente.
O primeiro flagrante ocorreu por volta da meia-noite, no Centro da cidade. Ao abordar um caminhão com placas de Santo Amaro da Imperatriz, a Polícia Militar descobriu que o veículo estava carregado com dezenas de sacas de pinhão.
A Polícia Ambiental foi acionada, e contabilizou 5,5 toneladas da semente.
A legislação brasileira permite a colheita e a venda do pinhão somente a partir de 15 de abril, a fim de evitar que seja retirado das araucárias antes do amadurecimento, o que pode derrubar o valor comercial da semente e impedir a perpetuação da espécie.
O vendedor do pinhão apreendido é dono de uma feira no Centro de São Joaquim. Já o comprador é de Santo Amaro da Imperatriz.
Os dois responderão a processos por crime ambiental, que prevê pena de seis meses a um ano de detenção, e deverão pagar multas que podem chegar a R$ 300 por quilo, num total de R$ 1,65 milhão para cada infrator. O pinhão será doado a entidades beneficentes de São Joaquim.
Já no início da tarde, no Bairro Raia, também em São Joaquim, a Polícia Ambiental apreendeu, em duas casas, sete pássaros silvestres, dentre os quais, um papagaio-do-peito-roxo, que está ameaçado de extinção.
Os animais estavam presos em gaiolas e em más condições de higiene. Alguns poderão voltar para a natureza, mas é certo que pelo menos o papagaio-do-peito-roxo, que está bastante estressado, deverá ser encaminhado ao Centro de Tratamento e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), em Florianópolis.
Os proprietários das casas onde os pássaros foram apreendidos também responderão por crime ambiental e deverão pagar multas de R$ 500 por animal.
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