sábado, 31 de julho de 2010

Bauru/SP terá DP para crimes ambientais

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
31-Jul-2010

Delegado seccional afirma que o novo atendimento do Distrito Policial incluirá atos de maus tratos contra animais

Alexandre Padilha

A notícia sobre o espancamento sofrido pela cadela Vida divulgada na edição de ontem do Jornal da Cidade provocou diversos sentimentos. Alguns ficaram revoltados, outros tristes, houve ainda aqueles que “abraçaram” a causa (leia mais no texto ao lado). Mas os melhores resultados foram os avanços registrados ainda ontem em relação à proteção de animais e do meio ambiente. Em conversa com o delegado titular da Delegacia Seccional, Benedito Antônio Valencise, a reportagem do JC apurou que até a próxima sexta-feira será anunciado um Distrito Policial (DP) especializado em crimes ambientais em Bauru, que se tornará responsável por todas as ocorrências do gênero que forem registradas na cidade.

Segundo Valencise, esta implementação no atendimento da Polícia Civil não vai implicar na construção de um novo prédio ou contratação de efetivo. “Aqui em Bauru estamos transformando um DP, que ainda vamos decidir qual, para o atendimento de todos os casos relacionados com o meio ambiente, abrangendo os animais. Tudo será bem definido quanto às funções específicas. Os casos relativos ao meio ambiente serão encaminhados para este DP, sem prejuízo de suas funções normais”, informa.

Ele garante que esta inovação vai facilitar o atendimento dos casos devido à especialização da equipe de atendimento. “O distrito vai contar com um policial especializado para este fim (atendimento de crimes ambientais) para tomar todas as providências, tendo conhecimento bom das leis relacionadas aos crimes desta natureza. Também vamos contar com veterinários para fazer exames nos animais”, especificou o delegado. “Queremos definir isso no começo desta semana”.

O advogado da organização não-governamental (ONG) Naturae Vitae, José Hermman, destaca a importância de um local específico para atender este tipo de demanda. “As pessoas ainda não valorizam os animais e não têm a consciência de que é uma vida. Com isso, não comunicam as autoridades policiais porque acham que não é motivo. Possuir um lugar específico para atender este tipo de crime pode estimular as pessoas a atuar mais em defesa dos animais”, cita Hermman.

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