quarta-feira, 17 de março de 2010

Ratos gordos não são fiáveis em laboratório

Noticias - ANIMAIS - MUNDO
16-Mar-2010

Investigadores preocupados com resultados de estudos com roedores metabolicamente mórbidos

"Roedores de laboratório metabolicamente mórbidos", a expressão aparece na revista Proceedings of the National Academy of Sciences num artigo que se refere a ratos gordos. Segundo o estudo, as cobaias acima do peso usadas para fins de investigação são péssimas análogas do organismo humano normal – o que poderá atrapalhar os testes, sejam estes para medicamentos ou outras terapias.

A equipe de trabalho de Mark Mattson, do Instituto Nacional de Investigação sobre Envelhecimento (EUA) lançou o alerta e foi tema da revista «Nature». Se o grupo tiver razão, será preciso implantar uma série de medidas simples, embora não muito comuns (como controlar a alimentação dos roedores e garantir que eles façam exercício e tenham momentos de "lazer") para que os resultados sejam fiáveis.

A falta de rodinhas de exercício e brinquedos que possam estimular as capacidades cognitivas dos bichos não pode acontecer, porque segundo o cientista, os ratos acabam por comer demais, serem sedentários e pré-diabéticos, ou seja, irá atrapalhar a interpretação dos dados. Quanto à alimentação, também deverá existir uma boa dieta, caso contrário, a tendência é acabarem entupidos de ração.

Mattson e seus colegas fizeram uma experiência, onde compararam ratos gordos com bichos cuja comida foi controlada. A pressão dos bichos comilões era 15 por cento mais alta que a dos que se encontravam sob dieta e o nível de glicose no sangue era 20 por cento maior, e o de colesterol correspondia quase ao dobro.

O organismo de um roedor de laboratório "normal" (que come demasiado e não se exercita) é muito diferente do de um bicho mais activo e menos comilão. Isso pode significar, entre outras coisas, que um remédio feito para tratar determinada doença humana simulada em ratos (por meio de uma modificação genética, por exemplo) acabe actuando sobre os sintomas do sedentarismo e do excesso de peso, e não sobre a doença em si. Estima-se que 115 milhões de animais sejam usados por ano no mundo em experiências científicas.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=40755&op=all

Nota T.A. - Aos poucos os cientistas estão chegando a conclusão que a vivissecção é uma fraude científica.

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