Medida começou a ser avaliada pela Fundema e Secretaria da Saúde após o Ministério Público Estadual entrar com ação civil pública
Após o Ministério Público Estadual entrar com ação civil pública, na sexta-feira, para exigir que a Prefeitura acelere o processo de implantação de um centro de bem estar animal em Joinville, a Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema) e a Secretaria de Saúde estudam uma proposta emergencial de atendimento a animais de rua.
A intenção é criar uma central provisória de atendimento a animais atropelados ou doentes para atender, por telefone, a chamados e denúncias de maus-tratos.
— A Prefeitura providenciaria o recolhimento, os cães receberiam tratamento e seriam castrados nas clínicas, que poderiam ser compensadas com desconto em impostos, por exemplo, e nós (ONGs) colocaríamos os animais para adoção, em feiras realizadas em locais públicos —, explica uma das coordenadoras da Frente de Defesa dos Animais (Frada), Ana Rita Hermes.
— Passado determinado tempo, se o animal não for adotado, será devolvido às ruas. Não se pretende criar um abrigo.
A sugestão partiu das ONGs que hoje atuam em defesa dos animais da cidade e, a princípio, propunha o estabelecimento de um convênio entre Prefeitura e clínicas veterinárias.
Porém, segundo o gerente de áreas verdes da Fundema, Gilberto Pires Gayer, seria difícil fiscalizar o serviço oferecido nos estabelecimentos conveniados, para garantir que a Prefeitura arque apenas com o atendimento aos animais abandonados.
— Seria muito mais eficaz montar uma pequena sala cirúrgica, com dois ou três veterinários da Prefeitura, que pudessem também realizar a castração e a vacinação destes animais —, afirma.
— A ideia está em estudo, mas a Fundema não tem dotação orçamentária para nenhuma ação nessa área para este ano —, afirma.
Segundo ele, a viabilidade desse projeto depende de orçamento para definir qual será a estrutura física e para contratar mais veterinários.
— Além disso, é preciso firmar uma parceria com a Secretaria de Saúde, que disponibilizaria o material e as vacinas —, explica.
Sendo assim, ainda não há previsão para que o projeto saia do papel.
Por enquanto, diz que o que está sendo feito, já previsto antes da ação do MP, é a realocação e castração de 40 cães que estavam em situação precária, em um abrigo domiciliar na Vigorelli.
— Foi construído um canil na Fundação 25 de Julho, no Vila Nova, para abrigar esses cães, e um veterinário da Prefeitura vai começar, na quarta-feira a realizar as castrações dos animais —, antecipa.
— O veterinário disponibilizou as instalações de sua clínica particular para o procedimento e será fornecido pela Secretaria de Saúde.
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