Crime contra o animal, registrado no You Tube por três jovens em julho de 2009, chocou a opinião pública e comoveu os brasileiros
Nesta quinta-feira (25), às 11h, em Palmares do Sul, RS, o presidente da ARCA Brasil - Associação Humanitária de Proteção e Bem Estar Animal, Marco Ciampi, entrega o documento ao promotor de justiça Pietro Chidichimo Junior.
Um crime inédito: jovens matam um cão a pauladas, filmam a cena e divulgam na internet, criando uma exposição sem precedentes. O chamado “caso do cão de Quintão” gerou comoção em todo o Brasil e deu origem a um abaixo assinado exigindo a punição dos envolvidos.
“Queremos chamar a atenção do poder judiciário para que esta violência terrível contra um ser indefeso não fique impune. Uma sociedade cruel para com os animais é uma cidade mais violenta”, explica Ciampi, que vem de São Paulo especialmente para a visita. Foram recolhidas mais de seis mil assinaturas – o equivalente a metade da população do Balneário Quintão, no litoral do RS, local do crime. A audiência deve acontecer no início de março.
Crime teve exposição global
Em 20 de junho, três indivíduos entre 17 e 22 anos se aproveitaram da inocência de um vira-lata de porte médio e o mataram, aos risos, com pauladas na cabeça. Não satisfeitos, gravaram tudo e, de forma inédita até então, postaram no You Tube, onde ficou disponível na rede mundial até ser denunciado, cerca de uma semana depois.
“O ‘cão de Quintão’ não é apenas mais um caso de maus-tratos contra animais. O tipo de exposição que o crime recebeu o torna emblemático, e por isso não deve ficar impune. Qualquer pessoa em todo o mundo – incluindo crianças – teve acesso às chocantes imagens que se espalharam rapidamente por redes sociais na internet”, reforça o presidente da ARCA Brasil.
De acordo com o jornal inglês “The Guardian”, diversos estudos demonstram que o comportamento violento com animais na juventude pode ser um indício de tendências criminosas no futuro. Organizações internacionais como o FBI e a Scotland Yard’s usam arquivos com casos de maus tratos contra animais para analisar seus suspeitos. A organização americana, com base na análise de seus próprios dados, encontrou paralelo entre o modo violento de agir de serial killers, estupradores e assassinos e seus antecedentes de crueldade com os bichos na infância. No Brasil, temos o exemplo do Maníaco do Parque, que antes de abusar sexualmente e matar mulheres, fez o mesmo com cadelas.
“A punição, nesse caso, além de ser uma medida educativa e preventiva para os próprios jovens, também pode evitar que outros cometam crimes parecidos ou tão hediondos como esse”, diz Ciampi. Ele relembra o caso da “cadela Preta”, em que a cidade de Pelotas chegou a fazer uma passeata para mostrar sua indignação pelo crime. Os acusados foram expulsos da universidade que cursavam e um dos envolvidos foi condenado a um ano de detenção em regime aberto.
Arca Brasil/EcoAgência
http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRFWWNlUsR2MjdUMXJ1aKVVVB1TP
Nenhum comentário:
Postar um comentário