Matéria publicada no JORNAL DE UBERABA na edição de ontem, divulgando a mortandade de centenas de peixes, cágados e crustáceos de várias espécies boiando abaixo da barragem da Usina Hidroelétrica de Volta Grande, surpreendeu autoridades. O fato de ser um acidente ambiental de causa desconhecida deixou pescadores e proprietários dos ranchos à beira do rio Grande revoltados.
A procuradora da República Federal em Uberaba, Raquel Cristina Rezende Silvestre, mobilizou o Instituto Estadual de Floresta (IEF), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Polícia Militar Ambiental e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de autoridades relacionadas ao meio ambiente. “Oficiei todas as autoridades pela manhã (de ontem) para que investiguem, relatem e esclareçam o que ocorreu com a ictiofauna (ecologia e ciências pesqueiras), à jusante da barragem da Usina Hidroelétrica de Volta Grande”, conta.
A procuradora Raquel avalia que não apenas incomoda a morte dos peixes, mas, sobretudo, causa preocupação a possível consequência à saúde humana decorrente do contato com a água do rio Grande, caso haja contaminação do leito do rio, e da ingestão dos peixes. Ainda segundo a procuradora, a Cemig garantiu que não teve nenhuma manobra da indústria que pudesse gerar a tragédia no rio. Foram colhidas amostras, haja vista uma suspeita de que a água esteja contaminada, mas está muito cedo para avaliar. “Solicitei às indústrias que não deixem coletar peixes até o resultado final dos exames. Todas as providências possíveis já foram tomadas, não tenho a dimensão do dano ainda, o IEF, a Polícia Militar estão na barragem, posso assegurar que vamos nos dedicar para trazer resultados. Estamos dependendo de análise química, amostra de água, solicitei resultados imediatos”, acrescenta.
Cemig - A reportagem obteve informações de que a equipe do meio ambiente e patrimonial da Cemig está realizando todos os procedimentos possíveis. E que os funcionários da Cemig foram orientados a não informar nada por enquanto à imprensa, pois ainda não há nada de concreto.
Sandro Neves
http://www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Cidade&CODIGO=35408
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