DA REUTERS
A guarda costeira do Japão colocou ontem na prisão um ambientalista que tinha invadido um navio baleeiro na Antártida. O neozelandês Pete Bethune, 44, chegou ontem à Tóquio após uma viagem de quatro semanas.
Recebido no porto sob aplausos de ativistas pró-caça e um circo de mídia, Bethune é membro da ONG Sea Shepherd, que trabalha tentando bloquear a atividade de baleeiros no mar Austral.
Na ocasião de sua detenção, o ativista tinha entrado no navio Shonan Maru-2 após abordá-lo num jet-ski, para tentar dar voz prisão ao capitão. Seu plano deu errado, e a temporada de protestos acabou para a Sea Shepherd quando um de seus barcos afundou após colisão com um baleeiro.
"Pessoas e países diferentes têm diferentes sentimentos em relação à caça à baleia, mas as ações agressivas da Sea Shepherd são perigosas e não podem ser aceitas", disse o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama. "As circunstâncias levaram à sua prisão. Ele deve ser investigado e julgado no Japão, mas não acho que isso abale nossas relações com a Nova Zelândia ou a Austrália."
Bethune pode ser condenado a até três anos de prisão e multa de 100 mil ienes (R$ 1.950). "Ele pode ser bandido no Japão, mas na Nova Zelândia e na Austrália é um herói", disse Paul Watson, líder do Sea Shepherd.
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