sábado, 13 de março de 2010

Bauru/SP: Polícia Civil apreende arma e averigua maus-tratos a galos

Maus tratos: pagou fiança de R$ 61,89, está solto e continua com os galos - estamos no Brasil

Após denúncia anônima, a Polícia Civil encontrou, na manhã de ontem, 32 galos e 22 frangos, aparentando serem utilizados para briga, em uma residência no bairro Bauru 16. Uma equipe da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) estava fazendo uma operação próximo ao local quando recebeu a informação.

A denúncia partiu de um morador do bairro que viu uma caminhonete saindo da residência levando algumas aves. Ele disse que os galos eram vendidos de R$ 1.000 a R$1.500. De fato na residência havia aves, que estavam nos fundos da casa em gaiolas de madeira e mal cuidadas.

Não tinham penas no pescoço e nas coxas e suas esporas estavam cortadas como as dos galos de briga. Não havia água para elas beberem e no comedouro tinha pouca comida. Alguns galos eram cegos, outros estavam com ferimentos na perna e um não conseguiam mais se manter em pé.

Foram encontrados também 22 frangos no mesmo estado, com pouco alimento e em um espaço inapropriado para criadouro. No local, a Polícia Civil localizou óleos que seriam para massagear as aves e endurecer os bicos antes da briga, além de um revólver de calibre 38 de propriedade do dono da residência com o registro vencido. Junto com ele havia munição, umas deflagradas e outras intactas.

Os policiais também encontraram uma ‘peiteira’, com alguns espinhos de ferro, geralmente utilizada para briga de cães. O proprietário do local não explicou a situação aos policiais. Somente disse desconhecer o motivo da denúncia, que cria os galos por hobby e que a ‘peiteira’ seria uma simples coleira para ele passear com o seu cão.

Acionado, o delegado titular do 1º. DP de Bauru, Dinair José da Silva, compareceu ao local. “Foi feito o boletim de ocorrência de maus-tratos aos animais, mas nós temos que esperar os laudos do veterinário, que vai até lá verificar as condições dessas aves, e da Polícia Científica para decidir o que será feito com os elas”, concluiu.

O responsável pelas aves foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma, mas foi liberado em seguida mediante o pagamento da fiança no valor de R$ 61,89. O nome dele não foi divulgado.

A Polícia Civil tentou contato com alguns órgãos como a Polícia Ambiental, o Centro de Controle de Zoonoses, o Ibama e o Zoológico de Bauru para que resgatassem as aves, mas todos disseram não ser de sua responsabilidade a recolha dos animais. Por isso, os galos e frangos continuaram na casa do investigado.

http://www.jcnet.com.br/detalhe_policia.php?codigo=178526

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